Materiais:
Enviada em: 26/06/2019

"Não preciso ler jornais. Mentir sozinho sou capaz." Nestes versos da música "Cowboy fora da lei" Raul Seixas, evidencia a influência que os veículos de comunicação exercem sobre o público, pretendendo manipular suas opiniões e ações. Mediante venda de espaços publicitários, empresas estimulam o consumo de seus produtos, conforme criam no leitor insensibilidade quanto as consequências do lixo produzido em detrimento de seu consumismo exacerbado.     Segundo dados do fundo do meio ambiente da Organização das Nações Unidas - ONU, o Brasil é o segundo maior produtor de lixo plástico do mundo, e detentor de um dos piores índices de reciclagem - algo em torno de apenas 1,4% do total produzido. Estes dados confirmam dicotomia entre uma população instigada a consumir freneticamente produtos descartáveis e a insuficiência de ações públicas e/ou privadas para estímulo da reciclagem. Urge a necessidade de ações preservacionistas imediatas.      Nesse sentido, James Heckman ganhador do Prêmio Nobel de economia em 2000, defende que para cada U$ 1,00 investido em educação infantil, propicia retorno de U$ 0,14 para cada ano de vida de uma criança; pois considera que ela terá diversas habilidades tais como bom poder de julgamento e autocontrole. Desta feita, estará engajada em desenvolver e aplicar soluções integradas entre preservação do meio ambiente e geração de emprego e renda.       Assim sendo, o consumismo é perene, contudo ações de conscientização para redução do lixo produzido por cada brasileiro, devem ser dinâmicas tal qual são as necessidades de consumo criadas. Alinhados a este objetivo, poder executivo municipal - responsável pela educação básica - e organizações não governamentais podem criar escola a ser mantida exclusivamente mediante recursos angariados por meio da entrega de uma cota mensal de lixo reciclável por parte de seu corpo discente. Viabilizando integração entre educação, preservação do meio ambiente e consciência quanto aos prejuízos do consumismo.