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Enviada em: 26/06/2019

O filme “Wall-E”, ficou marcado pelo seu viés de retratar a excessiva quantidade de lixo gerado pelo consumo descomunal no meio, no qual seu personagem principal, Wall-E, atua incessantemente para compactar os resíduos fabricados no planeta. De modo semelhante à obra, o Brasil enfrenta dificuldades em reduzir os altos índices de rejeitos produzidos pelo consumo em todo seu território. Nesse sentido, faz-se urgente alteração desse cenário, em que a indústria cultural e obsolescência programada são fatores preponderantes para essa questão.     Em primeiro lugar, vale destacar as conseqüências da indústria cultural no corpo social. De acordo com o filósofo Jonh Locke, em sua “Teoria da Tábula Rasa”, retrata que os indivíduos são preenchidos por experiências positivas e negativas que afetam todo seu desenvolvimento. A partir dessa visão, decorrente do ilusionismo fixado pela indústria cultural no meio público, inúmeros indivíduos estão em constante busca pelo “prazer” consumista desenfreado, em que acabam sendo persuadidos por essas corporações, a não terem seus desejos saciados. Assim como a, permanência dessa indústria cultural colabora para proliferação de produtos inutilizados a meio, gerando lixo ao espaço público. Como conseqüência dessa massificação do consumo exorbitante, esses indivíduos se tornam reféns a essas corporações, em que muitas vezes, seu poder de decisão de compra é influenciado. Dessa forma, isso ocasiona o desencadeamento de problemas residuais ao meio e manipulação do consumo, ao afetar diretamente o desenvolvimento do meio ambiente e o poder de decisão do indivíduo.     Outro fator que contribui para essa problemática é a obsolescência programada. De acordo com o jornal O Globo, o Brasil ocupa o terceiro lugar mundial na produção de lixo eletrônico, sendo que, muitas vezes, esses aparelhos têm seu tempo de vida reduzido, em virtude do lucro existente na aquisição de novos eletroeletrônicos. Tendo como conseqüência dessa obsolescência de vida útil de eletrônicos, a situação colabora para que o descarte desses rejeitos seja constante ao meio ambiente. Ao retratar, assim, um esquecimento social, no qual o lixo produzido pela sociedade do consumo é invisível aos olhos do corpo social.     Nesse sentido, portanto, faz-se necessária a adoção de medidas a fim de minimizar esse problema. Para tanto, os meios de comunicação, principalmente a televisão, devem promover debates mensais sobre os malefícios do consumismo desordenado, com o objetivo de reduzir o lixo gerado por essa massificação do consumo. Outra articulação possível seria, o Ministério do Meio ambiente implementar, conferências semestrais com empresas de eletroeletrônicos, evidenciando os benefícios ao meio, como o descarte regular desses rejeitos. Para que, assim, a visão da obra “Wall-E” seja desconstruída.