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Enviada em: 26/06/2019

Na animação Wall-e, é retratado um futuro distópico, em que a grande quantidade de lixo gerado pela humanidade torna a Terra inabitável. Fora da ficção, se faz necessária a adoção de medidas que evitem a efetivação desse cenário que, pelo incentivo ao consumo e tratamento inadequado de lixo, se aproxima cada vez mais da realidade.       Em primeiro lugar, as propagandas incentivam o consumo, o relacionando com sucesso pessoal. Para o sociólogo Karl Marx, as classes dominantes possuem o controle dos meios de comunicação, disseminando seus interesses como ideologia. Assim, visando o lucro, a burguesia se utiliza dos meios publicitários, que atrelam a obtenção do produto com o bem-estar do consumidor. Dessa forma, a sociedade se torna consumista e gera cada vez mais lixo, que em muitos casos não é descartado adequadamente.       Grande parte desses resíduos, portanto, é levada aos lixões, onde são depositados à céu aberto. O chorume, formado pela degradação dos compostos orgânicos, penetra no solo desprotegido, contaminando os lençóis freáticos, maior reserva de água doce do mundo. A proliferação de animais transmissores de doenças, como ratos e mosquitos, também afeta a saúde da população local. Tal tipo de descarte, portanto, é bastante danoso à natureza e à sociedade, sendo assim necessária sua substituição por meios mais ecológicos.       Diante do exposto, é necessário um consumo mais consciente por parte da sociedade, além do correto tratamento do lixo produzido. Para isso, o Ministério da Educação deve acrescentar aos conteúdos obrigatórios o debate sobre o consumismo e seus danos ao meio ambiente, formando indivíduos mais críticos e menos propensos à serem induzidos à compra pelos meios publicitários. Além disso, o Legislativo deve formular uma lei que proíba os lixões, cabendo ao Governo Federal sua efetiva substituição pelos aterros sanitários, forma mais adequada de descarte, levando o país à um maior equilíbrio ambiental.