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Enviada em: 26/06/2019

O consumismo de lixo na sociedade       A Revolução Industrial, serviu dentre outros fatores para aflorar o desejo de consumo da população e para aumentar os danos ambientais. De maneira análoga, hodiernamente no Brasil o aumento do acúmulo de lixo é um dos efeitos mais impactantes da constante necessidade da aquisição de bens. Diante dessa perspectiva, cabe analisar o consumismo presente na sociedade, além da falta de reciclagem de materiais.       A priori, pode-se identificar o capitalismo selvagem impregnado na alma da comunidade brasileira, uma vez que tudo pode ser negociado e tem seu preço de compra e de venda. De acordo com o escritor português, José Saramago, há no mundo uma crescente cultura de banalização, na qual tudo está subjugado ao consumo, e por isso algumas vezes nem mesmo as liberdades individuais são respeitadas, pois podem ser compradas e manipuladas de acordo com o interesse de quem a adquire. Por conseguinte, cria-se um povo que não está preocupado com os malefícios que podem causar no seu futuro e sim em satisfazer seus interesses momentâneos.       A posteriori, é possível destacar a precariedade no armazenamento de lixo no Brasil, em consonância a falta de reciclagem dos materiais que são descartados pelas pessoas, principalmente em áreas de classe média baixa. De acordo com o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), o Brasil tem potencial de reciclar cerca de trinta por cento do lixo produzido em seu território, entretanto, apenas três por cento desse material é de fato encaminhado para o tratamento e futuramente para reutilização. Dessa maneira, entende-se que o país pouco investe na renovação dos recipientes descartados, o que gera o acúmulo destes, além do aglomeração causada pela não renovação dos dejetos.       Destarte, medidas públicas são necessárias para alterar este cenário.Portanto, compete ao cidadão socialmente ativo, o controle do consumo individual, através do planejamento de gastos e da necessidade de adquirir algum produto, para que assim o consumo não impacte tanto no meio ambiente. Ademais, cabe ao Ministério do meio ambiente, a promoção de práticas recicláveis, por meio do investimento financeiro em aterros e em tecnologia necessária para viabilizar tais processos, com intuito de renovar esses materiais e assim preservar a natureza. A partir dessas medidas, será possível frear a produção de lixo gerada pela impulsividade do consumo, provocado pela Revolução Industrial.