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Enviada em: 30/06/2019

Segundo o Existencialismo, doutrina filosófica surgida na França, no século XX, a liberdade de escolha é refletida nas condições de existência do ser. Portanto, cabe ao homem ser responsável por suas atitudes. Porém, no Brasil, em pleno século XXI, isso não passa de uma teoria, visto que a questão do lixo e a sociedade de consumo ainda estão em evidência – o que explicita a ausência de Políticas Públicas para a manutenção do bem-estar social.     No Brasil, indubitavelmente, existe medida do governo para proporcionar melhorias dignas à população. Pode-se mencionar, por exemplo, a Constituição Federativa vigente no país, cujo objetivo, dentre outros direitos, é garantir a todo e qualquer cidadão, independentemente de sua natureza, viver de forma justa e coesa, além de promover condições de liberdade de escolha de maneira ética. Isso, de certa forma, demonstra que o Estado já intenta contemplar as ideologias do Existencialismo.     Contudo, medida como essa não é capaz de atenuar, verdadeiramente, os hábitos de consumo e o mau uso do lixo, pois, devido a falta de informação sobre recursos naturais- que além de possibilitar consequências físicas e psicológicas, pode comprometer planos futuros-, o que se observa, na maioria das camadas sociais da nação, são níveis alarmantes de gastos exacerbados e o descarte indigno dos materiais, motivados, principalmente, pela influência midiática e a deficiência de consciência. Percebe-se, pois, as consequências da fragilidade da educação oferecida à maior parte da sociedade, que não prepara os indivíduos para exercerem, de fato, sua cidadania. A verdade é que, a questão do lixo e a sociedade de consumo no Brasil não serão atenuadas, enquanto o Estado não pautar a educação na responsabilidade de forma que contribua para o convívio em sociedade, afinal “O homem é condenado a ser livre, porque depois de atirado neste mundo torna-se responsável por tudo que faz”, diz o filósofo francês existencialista Jean-Paul Sartre.    Depreende-se, pois, que há a necessidade de investimentos no Ensino Básico – o que já é assegurado pela lei de Diretrizes e Bases, n°9.394/96. Para tanto, é plausível que o Estado, por meio do Ministério da Educação, não só contemple os componentes curriculares de Formação Cidadã e Educação ambiental, mas também – em parceria com as escolas- desenvolva em comunidades, palestras e campanhas, a fim de apresentar o problema do consumismo exagerado e seus impactos, com a finalidade de não apenas conscientizar, além de instruir e moralizar, e, por consequência atenuar os dilemas do lixo e do consumo no Brasil. Se assim for feito, a maior parcela da nação desfrutará dos princípios existencialistas.