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Enviada em: 17/07/2019

Após o advento do capitalismo no século XV, o homem ressignificou o consumo, definindo-o não somente como um verbo que indica abastecer as necessidades básicas, mas também como um adjetivo sinônimo de prazer e status. Isso se torna um problema a medida que o consumo desenfreado não acompanha uma mentalidade sustentável, pois além de gerar excesso de lixo, este não é descartado corretamente.     Nesse contexto, pode-se pensar no filme Wall-E, no qual os humanos saíram do planeta pela escassez dos recursos e pela superabundância de lixo. Essa animação, embora pareça utópica, revela uma realidade não tão distante, visto que na atualidade já é possível ver, por exemplo, a falta de água no Oriente Médio. Isso é fruto da modernidade líquida, de acordo com Zygmunt Bauman, na qual a necessidade de consumir atropela a consciência dos humanos sobre o valor dos bens naturais que servem de matéria prima.     Todavia, outra questão problemática é a falta de conhecimento da população sobre descarte adequado do lixo e maneiras sustentáveis de consumo. Isso é consequência da deficiente educação ambiental das gerações do século XX, que inovaram em diversas áreas tecnológicas, como a criação do plástico, mas não criaram uma forma adequada de descartá-los. Desta forma, a sociedade acredita equivocadamente que basta colocar o lixo na porta de casa, em sacolas plásticas, que ele desaparecerá. Essa mentalidade é responsável pela morte de cerca de um milhão de animais anualmente, segundo a Revista Istoé, edição 1997 - "A sopa de lixo no Pacífico. "     Por isso, é imprescindível mudar esse cenário. Para tanto, é necessário, em primeiro lugar, que o Ministério do Meio Ambiente, com a ajuda da mídia, ensine a sociedade a conciliar consumo e sustentabilidade, assim como o descarte correto do lixo, através de programas sociais e propagandas. Ademais, também seria interessante que o Governo Federal instituísse a utilização de lixo para produzir energia, pelo uso do metano liberado pela decomposição da matéria orgânica em aterros sanitários. Assim, a quantidade de lixo diminuiria e a população teria mais consciência sobre os efeitos do consumismo em relaçã