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Enviada em: 04/07/2019

Segundo Jean-Paul Sartre, o ser humano é livre e responsável, cabe a ele escolher seu modo de agir. Sendo assim, recai sobre o homem o dever de se tornar mais consciente e responsável. No mundo hodierno, os problemas advindos do lixo e do consumo exacerbado, adversidades que trazem diversas consequências à progressão social, reflete essa realidade. Desse modo, é necessário que o Estado, com apoio da sociedade, encontre soluções para mitigar tal quadro.   Deve-se pontuar, de início, que, com o advento do capitalismo monopolista aliado, posteriormente, à globalização moderna, o homem contemporâneo adquiriu características peculiares, como o consumo em excesso. Isso ocorre devido, principalmente, à falta de consciência social associada à busca incessante ao prazer instantâneo. Contudo, tal prática traz malefícios à biosfera: o descarte irregular de produtos industrializados ou eletrônicos, por exemplo, contribui ao aumento da poluição ambiental. Além disso, segundo recente levantamento da Revista Galileu, apenas uma a cada dez pessoas utilizam corretamente a coleta seletiva, meio fundamental à separação e reciclagem do lixo.   Nesse viés, vale ressaltar que o debate ora proposto centrar-se-á também nas consequências diretas advindas do descarte irregular do lixo. Em primeiro lugar, é válido citar as enchentes — problema corriqueiro no Sudeste brasileiro — que são causadas, às vezes, pelo acúmulo de sacolas plásticas e artifícios industriais, obstruindo canais pluviais e permitindo a proliferação de doenças graves, como a leptospirose. Outrossim, o impacto causado pela problemática do lixo afeta as centrais de reciclagem, pois, conforme supracitado, a coleta de lixo é pouco usada corretamente, reduzindo, dessa forma, a eficiência do processo de separação do lixo na reciclagem.   Posto isso, medidas públicas são necessárias para alterar esse cenário caótico. O Ministério da Educação, com apoio do Ministério do Meio Ambiente, deve elaborar materiais didáticos, como pequenas histórias em quadrinhos, por exemplo, para alunos do ensino fundamental e médio, com um conteúdo que aborde acerca das consequências do consumismo irresponsável, conscientizando, desde cedo, os jovens. É interessante que a mídia publicitária, aliada ao Governo Federal, incentive o uso da coleta seletiva por meio de banners ilustrativos nos grandes centros urbanos, evidenciando os malefícios da poluição à população.