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Enviada em: 06/07/2019

"Consumo, logo existo". Essa frase dita pelo sociólogo polonês Zygmunt Bauman coloca o consumo como condição indispensável à vida. Com efeito, tal condição está vinculada a diversos problemas, entre eles o lixo. As estratégias do mercado somadas à inconsciência da sociedade em relação ao papel que deve desempenhar são fatores que impulsionam o ciclo vicioso de compra excessiva e descarte incorreto.    Primeiramente, é necessário destacar que a obsolescência programada contribui demasiadamente para o consumismo. Ela acontece quando o produtor desenvolve uma mercadoria de forma que se torne obsoleta e assim obrigue a compra de outra. Além disso, a Industria Cultural, de acordo com Adorno e Horkheimer, cria a necessidade dos indivíduos, levando-os ao consumo irracional. A troca e compra constante de produtos tem por consequência o acúmulo de lixo, principalmente eletrônicos, que se descartados erroneamente resultam em graves problemas ambientais.   Ademais, a população não tem consciência do destino final do lixo nem de ações que podem contribuir para sua melhor eliminação, como a coleta seletiva. Nesse sentido, a participação da sociedade é decisiva e essencial para a resolução do quadro atual, não só com a mudança de hábitos de consumo mas também com o melhor descarte.   Depreende-se, portanto, que os indivíduos devem promover a formação de Organizações Não Governamentais (ONGs) por meio da mobilização popular a fim de oferecer passeatas e movimentos que orientem e conscientizem a população. As instituições educacionais devem proporcionar palestras com ambientalistas, pisicólogos e sociólogos com o objetivo de alertar e ensinar seus alunos sobre o assunto para que eles repassem o aprendizado e os valores para suas famílias. Apenas assim o consumismo e o lixo deixarão de ser um problema na sociedade brasileira.