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Enviada em: 07/07/2019

O ano é 2700. A humanidade passa a viver em uma grande nave espacial após ter transformado o planeta em um grande depósito de lixo, o que impossibilitou a existência de vida nesse mundo. Esse é o enredo do filme Wall-e, produzido pela Pixar, que mostra como o consumo exacerbado da população resultou na perda de seu próprio lar, a Terra. Paralelamente, a realidade parece caminhar para tal resultado: o crescimento de resíduos poluentes tem tomado proporções preocupantes no Brasil.  Desde a Revolução Industrial, a forma com que o homem se relaciona com a natureza é tóxica. A busca pelo lucro das vendas e a mentalidade consumista sempre foi intensa na comunidade capitalista, enquanto o meio-ambiente pouco foi pauta. Hoje, pela magnificação do lixo de décadas, é difícil esconder tudo "debaixo do tapete". Portanto, algumas medidas foram criadas no Brasil para diminuir a geração de resíduos, como a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que visa orientar, desde o produtor até o consumidor, sobre a fabricação e uso sustentável dos bens e mercadorias.  Não obstante as políticas e consciência sobre a importância da preservação ambiental, o conhecimento e a prática da população sobre o assunto é insuficiente: em pesquisa publicada pela Folha de São Paulo, 98% dos entrevistados reconhece a significância da reciclagem para o futuro do planeta, porém, 75% afirma não separar o lixo em casa, enquanto apenas 35% acham que é fácil encontrar informações sobre a coleta na sua cidade.  Por outro lado, os problemas ambientais muitas vezes estão "distantes" de um grande número de pessoas, que, apesar de considerarem a importância da preservação da natureza, não enxergam os problemas já existentes causados pela poluição, bem como o potencial danoso de simples atos cotidianos. Segundo a pesquisa propriamente dita, 14% acham que um canudo a mais não fará diferença no mundo. Dessa forma, é possível concluir que, apesar de conscientizadas, as pessoas pouco põem em prática o consumo sustentável, bem como há aqueles que não "sentem" a urgência da mudança de hábito. Assim, para atingir diferentes realidades brasileiras, é mister que o Ministério do Meio Ambiente junto às prefeituras ministrem ações diversificadas, como a criação de pontos de reciclagem que recompensem diretamente, como máquinas que trocam garrafas PET por moedas ou passagens de transportes públicos, assim como a disseminação constante de informações sobre como reciclar e reutilizar, por meio de passo-a-passo na televisão e redes sociais. Por conseguinte, com medidas para estimular a população a desenvolver uma rotina mais amiga do meio-ambiente, será possível evitar um futuro semelhante ao da animação Wall-e e, portanto, conservar a Terra como nossa única e melhor morada.