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Enviada em: 08/07/2019

As revoluções industriais iniciadas a partir do século XVIII transformaram radicalmente o modo de consumo em todo o globo. Como consequência, a produção e o descarte inadequado de lixo afetam a humanidade com severos reflexos ambientais. Não obstante, governos são incapazes de conter os problemas, visto que a participação social efetiva ainda é um empecilho.        Adorno e Horkheimer, estudiosos da escola de Frankfurt, foram responsáveis por um conceito muito característico do ser humano moderno, a Indústria Cultural. A ideia principal dos sociólogos trata do consumismo exagerado na sociedade, fator determinante para produção de lixo em projeções inimagináveis há alguns séculos. Apenas em São Paulo, segundo o Instituto GEA, são descartados 14 milhões de quilos diariamente e o mais preocupante é que nem sempre de maneira correta. Não é surpresa que em muitas cidades brasileiras seja comum encontrar resíduos em locais impróprios, acentuando ainda mais problemas como enchentes e poluição de redes fluviais de extrema importância.      Muito embora no Brasil haja cidades que já adotaram a coleta e o descarte seletivo de lixo, boa parte do país permanece em esquecimento quanto à conscientização popular. Prefeituras já não suportam a demanda e como efeito, o número de lixões e localidades de descarte ilegal se elevam. Ilha das Flores, no Rio Grande do Sul, é um grande exemplo das consequências da produção e descarte incorreto, pois o que não serve de alimento nem para suínos criados naquele espaço é julgado suficiente para algumas famílias da região.      Em virtude dos fatos, indubitavelmente é preciso que o poder público, vide Ministério da Educação, crie estratégias para o desenvolvimento de consumo sustentável, incluindo no ensino básico conhecimentos para gestão financeira. Além disso, é necessário que o governo incentive estudos e palestras públicas sobre a PNMA - Política Nacional do Meio Ambiente, pondo em evidência o descarte correto e as consequências das ações antrópicas no planeta, bem como incentivar a seletividade do lixo nas gestões municipais. Por fim, cabe ao indivíduo reconhecer o próprio poder participativo, iniciando a prática de ações conscientes no consumo e descarte proporcionando um ambiente saudável no presente e principalmente para o futuro.