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Enviada em: 08/07/2019

No século XlX, com o advento da Segunda Revolução Industrial surgiu o Fordismo, modelo produtivo. Esse método visava a produção em massa com objetivo de gerar muito dinheiro, todavia esse processo prejudicava o meio ambiente com o seu enorme volume de lixo. Hodiernamente, o Brasil contemporâneo vive uma crise no quesito do destino adequado e da enorme produção de entulhos pela população. Nesse contexto, torna-se necessário o debate acerca da questão do lixo e do consumo na sociedade brasileira.      A princípio, é imperioso destacar que, em função do descaso estatal, é inexistente políticas para o destino correto desses materiais. Segundo dados do jornal Época, 85% dos brasileiros não têm acesso à coleta seletiva de lixo. Consequentemente, essa parcela populacional não faz o descarte correto e corrobora com impactos ambientais - enchentes, poluição, desequilíbrio na cadeia ecológica e quantidades exorbitantes de lixões. Desse modo, a sociedade não pode aceitar a negligência governamental, em nome do progresso da natureza, bem como da harmonização dos direitos higiênicos básicos.      Outro ponto relevante, nessa temática, é o sentimento consumista do indivíduo. Consoante Thorstein Veblen, '' O Consumo conspícuo de bens valiosos é um instrumento para a respeitabilidade do cavalheiro ocioso''. Isso acontece porque, com o advento do capitalismo no século XXl as empresas fazem midiatização de enormes contingentes propagandísticos para influenciar o consumo, como resultado essa luxúria aumenta a produção industrial concomitantemente com a de lixo. Dessa maneira, é incontestável negar a influência do capitalismo no aumento do entulho na nação brasileira pela necessidade da afirmação social.      Portanto, é mister que o Estado tome providências para amenizar o quadro atual. Para a implementação de uma eficiente rede seletiva de livo, urge que a Greenpeacee e o Ministério do Meio Ambiente criem, por meio de verbas governamentais, projetos de descarte e coleta nas cidades brasileiras, a fim de amenizar o contingente de despejo errado dessas sucatas. Ademais, é vital que a indústria cinematográfica através da propagação midiática de filmes e séries, dissemine um pensamento crítico e racional nos indivíduos para consumirem produtos que são realmente necessários e essenciais, com objetivo de diminuir a produção de lixo. Somente assim, teremos uma sociedade livre de maléficos vestígios da era fordista.