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Enviada em: 16/08/2019

De acordo com a ONU, no Brasil é o quinto maior produtor de lixo do planeta. Isto remete a hodierna sociedade de consumo em conjunto com inadequadas formas de descarte do lixo, uma vez que agrava a situação da natureza e a própria saúde humana diante das grandes quantidades de lixo. Nesse contexto, é imperioso buscar maneiras de modificar essa negativa realidade, na perspectiva de ocorrer o consumo consciente e, consequentemente menos produção de lixo.    Primeiramente, a raiz do problema que evidencia a questão do lixo é o consumo alienado. Segundo especialistas vive-se em uma humanidade de hiperconsumo, que caracteriza-se pela dependência emocional e psíquica de ter, ou seja, compra-se por “status”, não pela necessidade. Sob tal ótica, o consumo desenfreado acentua-se devido à falta de ensinamentos fundamentados nos problemas que o lixo pode causar, tanto no ser humano como na natureza. Dessa maneira, a questão implica em uma maior produção de resíduos, dado que muitos indivíduos não estão conscientes dos perigosos atos.    Outra esfera que precisa de mudança no tocante ao lixo é a má gestão deste. Segundo o filósofo Cortella, a arrogância humana é tamanha que vivemos à sombra da atual degradante realidade que não percebemos. Dado este pensamento, é notável que pouco discute-se em mudar a problemática do lixo, visto que os destinos inadequados estão causando o surgimento de doenças como leptospirose, pela propagação da urina dos ratos. Além disso, os resíduos contaminam a água, em virtude de infiltrações dos líquidos infectados de bactérias do lixo produzido no aterro. Torna-se, assim, uma situação prejudicial à todos e, por conseguinte, precisa de atenção.     Depreende-se, portanto, que é preciso alterar a realidade do consumo alienado e do lixo. Cabe, as mídias, com o apoio de empresas, incentivar o consumo minimalista, isto é, comprar o que somente é necessário, para que a humanidade não adquira sérias adversidades relacionadas ao lixões, sendo que a mobilização deve ser por meio de anúncios e filmes que demonstrem que o consumo desenfreado pode ser uma questão psíquica e , consequentemente, as pessoas podem mudar de hábitos, devido ao conhecimento adquirido. Logo, a população brasileira terá a probabilidade de ser mais consciente nas atitudes. Ademais, é interessante que as escolas, como o apoio do Estado, por meio de verbas, criem cursos de educação ambiental, com o intuito de que desde cedo os jovens tenham plenitude em suas ações.