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Enviada em: 09/07/2019

A partir da Revolução Industrial, no século XVIII, com inovações e melhorias, a população mundial aumentou naturalmente. Após esse evento, podemos atrelar o "American Way Of Life" e a "Crise de 29", que ocorreram nos EUA, como indícios de que o consumismo desenfreado ainda traria grandes problemas à população. No Brasil não é diferente, segundo pesquisas do Programa de Resíduos Sólidos Urbanos, no país são descartados cerca de 71 milhões de toneladas de lixo anualmente.       Em primeiro lugar, não podemos culpar apenas uma parcela da sociedade, cada setor tem sua responsabilidade pelo que é consumido e seu devido descarte. Embora a população tenha autonomia para escolher qual produto comprará, segundo um levantamento do Instituto Ethos, 74,6% dos brasileiros não se preocupam com a quantidade de embalagens do produto consumido. Ainda sob o aspecto da população, em que a utilização de produtos descartáveis é alta, o principal argumento se dá pela falta de tempo no dia-a-dia e pela praticidade. Assim como na célebre frase, em que Mahatma Gandhi diz que 'Temos de nos tornar a mudança que queremos', se faz urgente uma mudança de hábito dos brasileiros para que a mudança comece no âmbito familiar e alcance proporções mundiais.       Outrossim, é válido ressaltar que, as indústrias se mantém em modelos de fabricação de produtos desde a obsolescência programada, em que os equipamentos são trocados rapidamente,  até alimentos ultramente processados e conservados para atender ao mercado exigente e adquirir novos compradores. Além disso, podemos destacar o desmatamento de grandes áreas florestais para dar lugar à culturas extensivas com semente geneticamente modificadas e áreas para pecuária com destino às indústrias alimentícias de fast-food. Apesar de uma parcela da sociedade fazer campanhas contra o consumo exagerado e irracional, a capacidade de armazenamento dos aterros sanitários não está acompanhando a expansão das indústrias de bens de consumo.       Com o intuito de amenizar essa problemática, o Congresso Nacional, por meio de seus representantes, deve propor leis mais rigorosas para o descarte de lixo das indústrias, bem como a diminuição de material extra para embalar, afim de minimizar os potenciais resíduos das prateleiras do comércio. Em contrapartida, o Governo Federal, por meio dos Ministérios do Meio Ambiente e da Saúde, deve promover campanhas midiáticas, por rádio, internet e televisa, sobre a necessidade de consumo racional atingindo o público-alvo que é a sociedade por completo, sobre as consequências ambientais e as doenças associadas aos lixões clandestinos para assim tornar possível uma mudança de hábito da população.