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Enviada em: 10/07/2019

Semelhante à Revolução Industrial, evento de suma importância do século XVIII, o surto industrial ocasionado no Brasil pós segunda Guerra Mundial, na década de 1950, aumentou significativamente a qualidade de vida populacional e acesso a uma quantia superior de capital. Consequentemente, influenciou no mercado consumidor, colocando a população num novo patamar de consumo desenfreado, tendo como resultado uma crescente na produção de lixos, surgindo assim um grave problema socioambiental, como a criação de lixões a céu aberto, contaminando lençóis freáticos, gerando odor desagradável nas proximidades e tendo alto risco de explosão devido a alta concentração de metano no local. Ademais, a má gestão do lixo é também um grande desperdício energético, visto que o metano produzido pela decomposição poderia ser aproveitado na geração de energia.    Com a grande obsessão por lucro, juntamente da obsolescência, em suas três formas, a sociedade do consumo está cada vez mais intensa, por sentir necessidade de comprar. A principal forma de obsolescência observada no cotidiano que influencia massivamente no consumo é a funcional, como nos telefones, com o mercado lançando um modelo novo, tornando o anterior ultrapassado, criando a urgência pela obtenção do produto novo, descartando o anterior. Entretanto, a principal problemática é o destino do produto descartado, pois, dependendo de qual é, pode demorar diversos anos para se decompor, causando, assim, inúmeros danos ambientais pela ausência de cuidados.    A partir de dados fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, cerca de 30% do lixo tem como destino lixões, sendo o resto destinado para aterro sanitário e aterro controlado. Todavia, cerca de 63,6% dos municípios utilizam lixões, ou seja, maior parte territorial destinada a lixo causam impactos ambientais graves, principalmente na contaminação de recursos hídricos, agravando mais ainda problemas com água. Além disso, compromete drasticamente a qualidade do solo nas proximidades, devido ao grande crescimento populacional de bactérias patogênicas.    Portanto, o Ministério de Minas e Energia, juntamente do Ministério do Meio Ambiente, devem realizar investimentos em aterros e em formas mais tecnológicas para o melhor aproveitamento do lixo, como os biodigestores, para produção de metano e aproveitamento desde gás para gerar energia elétrica, abastecendo cidades e reduzindo a necessidade de lixões. Ademais, a partir de geógrafos, biólogos engenheiros e investidores, deve haver a construção de aterros sanitários com localização e qualidade que não ofereça riscos ao meio ambiente, com a impermeabilidade do solo aonde o lixo será depositado, para evitar da contaminação por chorume e com uma drenagem eficaz do biogás produzido, também podendo ser utilizado para geração de energia, além de gerar empregos e renda.