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Enviada em: 23/07/2019

Segundo o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, vivemos em tempos líquidos em que nada foi feito para durar. Quadro esse que reflete a atual sociedade brasileira, a qual se insere em um ciclo de compra e descarte de materias em um intervalo curto de tempo. No entanto, esse contexto produz uma grande quantidade de lixo. Assim, uma realidade que  revela  a manipulação social referente ao desejo do consumo . Mas também, a atuação do capitalismo que gera inúmeros problemas para o país.          Em primeiro lugar, é impossível compreender a questão do consumo no Brasil sem analisar o poder da manipulação social. Dado que, ao perceber um comportamento homegêneo da sociedade somado com o desprezo das consequencias desse ato, nota-se que por detrás disso, há um sistema poderoso para influenciar nessa atitude. Dessa forma, quando se observa o impulso pelo consumo existente no corpo social, compreende-se o poderio que há nas inúmeras propagandas e comercias que associam a felicidade do indivíduo ao um determinado produto. Dessarte, uma sociedade refém da mídia respalda o pensamento da Escola de Frankfurt que dizia que os meios de comunicação são ferramentas para produzir a alienação. Consoante a isso, se a população continuar submissa a esse meio, o consumo permanecerá intrínseco no tecido social.            Contudo, sabe-se que a sociedade brasileira está imersa no sistema capitalista, o qual se pauta no lucro, assim, esse deseja a constância do ciclo de consumir. Diante disso, há obsolescência programada dos produtos para que o indíviduo sempre se encontre nesse quadro. No entanto, essa situação resulta na produção permanente do lixo, posto que, em curto intervalo de tempo um produto torna-se antiquado e por isso deve-se ser descartado. Desse jeito, nota-se uma realidade que fomenta inúmeros problemas ambientais e sociais no país. Como se observa no descarte incorreto do lixo, que contamina o solo e os rios. Mediante a isso, nota-se a necessidades de ações que revertam esse contexto.             Portanto, cabe ao Ministério da Educação desenvolver programas sociais, que serão instaurados nas instituições de ensino, com objetivo de demonstrar aos alunos que o consumo em vez de fomentar a satisfação pessoal ele produz inúmeros problemas ambientais, como é o caso do lixo. Para tanto, faz necessário que sociólogos e psicólogos sejam convidados para esclarecer aos estudantes como o poder mídiático influencia as suas escolhas, mas que com o conhecimento crítico esse poder pode ser mitigados. A fim de que sensibilize o indivíduo que novas atitudes podem ser geradas no seio social, principalmente, em relação ao desejo de comprar. Dessa forma, uma sociedade mais responsável em relação ao consumo, consequentemente, ao lixo também.