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Enviada em: 18/07/2019

Gestada ao longo do pós Guerra-Fria, a hodierna sociedade de consumo brasileira tem se pautado no paradigma do "American Way Of Life" (modo de vida americano). Tal padrão subsiste nas estruturas capitalista de aquisição e obsolescência, com pouquíssima responsabilidade socioambiental, engendrando uma das mais urgentes problemáticas do Brasil atual: o lixo.    Em primeiro plano, é pertinente ressaltar a influência do capitalismo na coletividade, objetivando sua manutenção como sistema vigente. A respeito disso, o economista Jeremy Bulow escreve sobre obsolescência programada, conhecida no plano mercadológico como a "descartalização" dos produtos. Além da constante insatisfação que move o consumidor, essa lógica econômica em muito impacta no meio ambiente, gerando resíduos, seja pela fabricação ou pelo descarte de objetos com vida útil cada vez mais abreviada.  Outrossim, os efeitos dessa lógica mercadológica há muito se expressam no país. Acerca disso, é simbólico que o segundo maior depósito de lixo a céu aberto do mundo esteja localizado em Brasília, capital federal. O Lixão da Estrutural, em processo de desativação, demonstra que, mesmo nas instâncias superiores da hierarquia urbana, a problemática do lixo é alarmante, já que esses locais insalubres são propagadores de moléstias infecciosas como dengue e peste negra.    Diante do exposto, fica nítida a urgência na mudança de postura da sociedade brasileira para suprimir a problemática supracitada. Para tanto, cabe ao Ministério do Meio Ambiente suscitar transformações no que concerne o consumo consciente, promovendo campanhas nas mídias digitais, orientando uma postura crítica do consumidor, deixando de lado o supérfluo; Ampliar a coleta seletiva de lixo - que no Brasil, segundo o IBGE, não ultrapassa 4% do resíduo gerado - impelindo a redução e futura supressão dos lixões abertos, freando assim o impacto ambiental do lixo no país, ampliando a responsabilidade social e ambiental do país.