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Enviada em: 22/07/2019

A questão do consumismo no Brasil tem origem na Revolução Industrial, época que possibilitou a produção em massa de bens de consumo e ainda a oferta de preços mais acessíveis às classes menos abastadas. Essas condições propiciaram o aumento do consumo em todo o mundo, gerando como uma das principais consequências a produção excessiva de resíduos sólidos (lixo). Estes por sua vez, em sua maioria não recebem destinação adequada, acarretando graves consequências ao meio ambiente.       Dentre os principais efeitos gerados pela presença do lixo estão a contaminação do solo e ecossistemas aquáticos, além da incidência de doenças. Esse cenário torna-se mais evidenciado nos centros urbanos, onde o consumismo é bastante elevado e por consequência a produção de lixo também. Apesar de existir a coleta dos resíduos sólidos, estes por sua vez, costumam ser levados para áreas inadequadas, como é o caso do "lixões" ou para aterros sanitários onde não passam por um tratamento apropriado destinado a atenuar os riscos de poluição ao ambiente.       Todos os malefícios gerados pelo lixo têm sua causa no consumismo inconsciente. Segundo uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), apenas 28% dos brasileiros são de fato consumidores conscientes. A partir daí vê-se que a maioria da população brasileira não costuma refletir na hora de comprar. Essa realidade pode ser reflexo das ideias constantemente veiculadas nos meios de comunicação sobre uma necessidade artificial de consumo.       Portanto, medidas são necessárias para mudar este cenário. É importante que as prefeituras criem pontos estratégicos de coleta de resíduos e centros de reciclagem. Além disso, o Ministério da Educação deve promover nas escolas e universidades projetos educacionais com oficinas e palestras ressaltando à crianças e jovens a importância do consumo consciente para a sociedade e para o planeta. Pois, como disse o filósofo Immanuel Kant: "O homem é aquilo que a educação faz dele".