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Enviada em: 30/07/2019

O filósofo francês Gilles Lipovetsky argumenta sobre a sociedade de consumo, a qual precisa o tempo todo consumir de tudo e descartar. Dessa forma, ao analisar essa conjectura no Brasil, percebe-se que esse comportamento produz uma grande quantidade de lixo. Contudo, essa ação social é reflexo do poder de manipulação existente na mídia,  mas também revela a atuação do capitalismo que gera inúmeros problemas.        Em primeiro lugar, é impossível compreender a questão do consumo no país, sem analisar o poder da manipulação social induzida pela mídia. Dado que, ao perceber um comportamento homogêneo da sociedade somado com o desprezo das consequências desse atos , nota-se que, por detrás disso, há um sistema poderoso para influenciar nessa atitude. No entanto, esse posicionamento social de submissão reverbera a banalização do mal, segundo a filósofa Hannat Arendt, no tocante que, quando a sociedade se torna incapaz de fazer julgamentos morais, aceita e cumpre ordens sem questionar. Consoante a isso, se a população continuar sem refletir em as suas ações, essa permanecerá refém da mídia e, assim, insistirá em tecer suas relações sociais mediante ao consumo, visto que os meios de comunicação ditam que a felicidade e plenitude do indivíduo estão condicionados a um produto.           Ademais, sabe-se que a sociedade brasileira está imersa no sistema capitalista, o qual se pauta no lucro, desse jeito, esse deseja a constância do ciclo de consumir. Diante disso, há obsolescência programada dos produtos para que o indíviduo sempre se encontre nesse quadro. Entretanto, essa situação resulta na produção permanente do lixo, posto que, em curto intervalo de tempo um produto torna-se antiquado e por isso deve-se ser descartado. Dessa forma, nota-se uma realidade que fomenta inúmeros problemas ambientais e sociais no país, como se observa no descarte incorreto dos resíduos, que contaminam o solo e os rios. Mediante a isso, observa-se a necessidades de ações que revertam esse contexto.            Portanto, cabe ao Ministério da Educação desenvolver programas sociais, que serão instaurados nas instituições de ensino, com objetivo de demonstrar aos alunos que o consumo, em vez de fomentar a satisfação pessoal, produz inúmeros problemas ambientais, como é o caso do lixo. Para tanto, faz necessário que sociólogos e psicólogos sejam convidados para esclarecer aos estudantes como o poder mídiático influencia as suas escolhas, mas que com o conhecimento crítico esse poder pode ser mitigado, a fim de que sensibilize o indivíduo que novas atitudes podem ser geradas no seio social, principalmente, em relação ao desejo de consumir. Dessa forma, uma sociedade mais responsável em suas atitudes consiguirá conciliar esse quadro de consumo e rejeitos produzidos por essa.