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Enviada em: 29/07/2019

Consoante Dahrendorf, a anomia é uma condição social na qual as normas reguladoras do comportamento das pessoas perderam sua validade. Partindo desse viés, é notório que o alarmante cenário de lixo, resultado de uma sociedade extremamente consumista, é um problema resultante dessa condição. Nesse contexto, essa problemática tem base no descaso político, juntamente com a banalização social do problema.   A priori, é imperioso destacar que o grande acumulo lixo, reflexo de uma sociedade extremamente capitalista, é fruto da inoperância governamental para lidar com os dejetos descartados por sua população. Sendo assim, a falta de ações públicas frente ao impasse, indubitavelmente contribui para o grande acumulo de lixo e a perpetuação de seus problemas, visto que, o lixo não simplesmente desaparece, ele é jogado, amotado em lixões a céu aberto e em aterros sanitários, que causam diversos problemas para o meio ambiente. Em consequência disso, a sociedade e a natureza sofrem com a poluição e doenças resultantes desse atual cenário.      Ademais, segundo a filósofa Hannah Arendt, em “A banalidade do mal”, o pior mal é aquele visto como algo cotidiano, corriqueiro. Dessa forma, deve-se lutar para alterar o atual costume de consumo e descarte irresponsável de produtos, que se mostram cada vez mais prejudiciais ao planeta e ao seu ecossistema, sendo um resultado do hábito de consumo inconsciente e que muitas vezes é visto de forma banal por grande parte da população. Nesse sentido, a união da sociedade é essencial para reverter e combater essa realidade de anomia social.   Fica claro, portanto, que o Governo deve por meio dos municípios, criar nas cidades, locais em que possam ser feitos produtos e utensílios usando a reciclagem, além de oferecer benefícios àqueles que contribuírem com o projeto –separando e organizando seu lixo- como a redução de 30% do valor cobrado no IPTU. Outrossim, faz-se necessário que o MEC insira na grade curricular matérias como educação ambiental, a fim de educar e ensinar desde cedo os “3 R’s” que podem mudar a sociedade – reduzir, reciclar e reutilizar. Assim, tais medidas visam combater o impasse de forma precisa e democrática.