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Enviada em: 28/08/2019

Muito se discute acerca dos efeitos da grande produção de lixo na sociedade brasileira. Essa controvérsia torna-se mais relevante quando se relaciona com a prática mercantil do capitalismo americano no Brasil, desde o século XX. A necessidade de consumo, imposta pelas grandes indústrias, torna todo produto descartável com facilidade, situação que se opõe a sustentabilidade. Esse debate, portanto, transparece questões comportamentais e ambientais surtidas pelo consumismo.      Essa problemática de caráter social, remonta a ação do capitalismo ocidental no modo de vida dos brasileiros, pelo fetiche em mercadorias e a compulsividade em consumir. Diante disso, o artifício das empresas em tornar tudo substituível e inútil rapidamente é exemplificado pela banda Engenheiros do Hawaii, na música ''3ª do plural'', que coloca a ''obsolescência programada'' como estratégia capitalista a favor do consumismo. Tal perspectiva também sustenta a noção de fábula defendida por Milton Santos, geógrafo brasileiro, o qual aborda o avanço tecnológico e o consumismo estimulados por propagandas enganosas que tornam pessoas e produtos descartáveis. Tais comportamentos geram impactos humanos e ambientais graves, como por exemplo, a excessiva produção de lixo eletrônico e o inadequado descarte.      Somado a isso, a atual crise ambiental vivida pelo mundo, que segundo o historiador Éric Hobsbawm, é a maior instabilidade do sistema no século XXI. Ademais, a crença de desenvolvimento exponencial do capitalismo apresenta contradições, especialmente ambientais, marcadas pelas paralisações e os movimentos sociais em 1929. Diante de tal fator a produção excessiva de lixo, o inadequado descarte e as precárias políticas públicas desafiam o equilíbrio ambiental e colocam em risco o desenvolvimento sustentável da sociedade. Outrossim, o debate acerca dos efeitos da grande produção de lixo estimulada pelo consumismo persiste.     Com o intuito de evitar a máxima de que ''nada é feito para durar', defendida por Zygmund Bauman, equilibrar os avanços tecnológicos com o respeito ambiental é algo indispensável para retomar a relação harmônica da comunidade com a natureza. Além disso, é oportuno que o descarte de resíduos seja adequado a fim de reduzir os impactos ambientais e econômicos do país. Tais finalidades podem ser obtidas através dos ministérios da Cidadania e Educação por meio de campanhas, lúdicas e conscientizadoras, na sociedade além de regularizar o destino dos resíduos e incentivar a coleta seletiva nas cidades em parceria com o terceiro setor. Dessa forma, a sociedade cumprirá seu papel ambiental e será promovido o desenvolvimento sustentável da nação.