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Enviada em: 19/08/2019

No século subsequente ao da Revolução Industrial, buscou-se adotar meios de produção cuja finalidade fosse gerar mais lucros. Desse modo, em 1914 surgiu o Fordismo com o intuito de mecanizar o setor fabril e aderir a produção em larga escala. Ademais, priorizou-se os ganhos em detrimento da mercadoria, com efeito, o controle de qualidade decaiu e passa a vigorar a fabricação de produtos duráveis com aspectos similares aos não duráveis. Sem dúvidas, em decorrência disso, o modelo de Ford contribuiu para os costumes de consumo, consequentemente, o acúmulo de lixo. Outrossim, cabe analisar os impactos gerados por tais problemas no contexto brasileiro.       Mormente, o consumo se tornou intrínseco as necessidades humanas. Prova disso, tem-se o “American way of life” que sugeria um estilo de vida americano baseado na aquisição de carros e eletrodomésticos, por exemplo. Sob tal ótica, Baumam concluiu que a existência do homem está atrelada ao consumismo, não de forma positiva, mas mostrando a perspectiva a qual o ser humano moderno mede sua felicidade pelas suas posses. Em conformidade a esse pensamento, até as crianças se englobam nessa análise, uma vez que as propagandas infantis, principalmente vinda de influenciadores “teens”, incentivam-nas a esse comportamento.       Com efeito, a produção excessiva somada ao consumo exacerbado levam a uma imensa quantidade de resíduos. Numa perspectiva ambiental, problemas relacionados ao lixo acentuam o crescimento dos lixões, a contaminação dos lençóis freáticos, a emissão de gases poluentes e o aumento do extrativismo mineral que se tornam cada vez mais comuns. A tomar de exemplo, pode-se citar o descarte irregular de um maquinário radioativo contendo Césio-137 em Goiás no ano de 1987. Casos como esse, portanto, reforçam a ideia de que empresas se preocupam com a logística do produto ao consumidor, porém, ignoram o inverso, ou seja, o despejo do material na natureza.       Destarte, faz-se mister reduzir o consumo e a produção de lixo com o fito de preservar o meio ambiente. Nesse ínterim, urge que o Governo penitencie empresas de mercadorias e serviços que descartem embalagens de forma irregular, do mesmo modo, promover o incentivo fiscal para aqueles que adotem a política de logística reversa dentro da organização, seja por meio da venda de refil para produtos, ou ainda, afiliação com companhias de coleta especializada para máquinas ou eletroeletrônicos após danos irreparáveis. Além disso, em coalizão com as escolas, estimular as crianças ao consumo consciente com o intuito de reduzir os impactos do homem na natureza tal como leva-lo a repensar suas necessidades de compras.