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Enviada em: 07/08/2019

Desde 1992, a Organização das Nações unidas sobre o meio ambiente reúne chefes de Estados com o objetivo de implementar o desenvolvimento sustentável no mundo. Entretanto, o recorrente padrão de ascensão nacional dissociado da conservação ambiental tem esgotado recursos e aumentado a produção de lixo. Diante disso, deve-se analisar como o individualismo e o capitalismo provocam a problemática no país.    É relevante enfatizar, a princípio, que a falta de alteridade é a principal responsável pela exagerada produção de lixo. Isso acontece porque, conforme defendeu o sociólogo, Zygmunt Bauman, o homem contemporâneo está cada vez mais individualista e não se preocupa com o impacto de suas ações na sociedade, no ambiente e nas próximas gerações. Em decorrência dessa fragilidade nos laços coletivos, sociais e ambientais, muitas pessoas acabam não se importando em descartar e direcionar o lixo nos locais devidos. Esse lixo descartado de maneira indevida acaba acumulando-se em bueiros e causando as enchentes em períodos chuvosos.   Atrelado a falta de alteridade, o capitalismo e suas atividades econômicas também é um problema a ser superado. Isso porque, conforme defendeu Adorno e Horkheim, o capitalismo, através da indústria cultural, estimula o consumismo e promove a cultura do desperdício. Tal ideia faz com que a sociedade inicie o ciclo vicioso da obsolescência programada, descartando produtos que apesar de funcionarem, ficaram velhos. Como exemplo disso, tem-se o lixo eletrônico, produzido principalmente por celulares e computadores, os quais possuem em sua composição substâncias tóxicas que quando acumuladas no solo podem resultar na contaminação de lençóis freáticos e posterior desequilíbrio hídrico.      Torna-se evidente, portanto, que o individualismo e o pensamento capitalista provocam a problemática em questão. Sendo assim, é necessário que o Ministério da Educação, em parceria com as escolas, incentive aulas e atividades interdisciplinares que estimulem o pensamento coletivo e de alteridade nos indivíduos. Ademais, é pertinente que as indústrias, em parceria com o governo federal e a mídia, promova propagandas que ensinem e incentivem o descarte adequado de produtos, além de direcionar verba para a construção de aterros e locais para coleta seletiva. Assim, o objetivo da reunião de 1992 poderá ser alcançado.