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Enviada em: 10/08/2019

O filme da Disney “Wall-E”, aborda um conteúdo preocupante, no qual mostra a Terra no futuro, transformada em um grande depósito de lixo. Fora das telas, hodiernamente, a sociedade enfrenta um período crítico em relação a esse assunto, visto que torna-se cada vez mais real essa possibilidade de poluição mundial caso medidas não sejam tomadas. Nessa perspectiva, é notório um consumo exagerado, produtor de uma quantidade exorbitante de lixo e consequentemente há um descarte irregular desses detritos acumulados, fatores esses, característicos dos principais óbices do Brasil no Século XXI.    Na atual sociedade de consumo prevalece uma cultura hedonista, na qual a busca pelo prazer é constante e interminável. Sob esse viés, consoante apresentado pelo filósofo Émile Durkheim, os cidadãos acabam se tornando individualistas e alienados aos fatos externos, logo, acreditam que o consumismo é uma forma de satisfação, capaz de suprir suas necessidades e carências, destarte, inicia-se um ciclo consumidor incessante embasado na falta de empatia para com o meio que os cercam. Diante disso, o planeta se deteriora cada vez mais em prol do exagero dos compradores, os quais ignoram os prejuízos ambientais causados pelo excesso de lixo.     Outrossim, a Constituição Federal de 1988, artigo 225, redige que é dever do Estado e da sociedade cuidar e preservar o meio-ambiente. Todavia, não é dada a importância necessária para esse âmbito, e assim como apresentado pelo físico Isaac Newton “toda ação tem uma reação de igual módulo”, logo, pois, as atitudes inconsequentes como os descartes irregulares de lixo e criação de lixões a céu aberto acarretam graves problemas, tais sendo, a contaminação dos lençóis freáticos, a poluição marítima junto da morte de diversas espécies e enchentes nas cidades. Desse modo, a falta de investimento no setor do ciclo dos detritos adjunto ao consumismo sem precedentes, são atitudes imprudentes que causam déficits capazes de destruir aos poucos a capacidade habitacional da Terra.     Diante do exposto, a falta de consciência dos resultados de atitudes irresponsáveis é a razão de grande parte dos empecilhos no meio ambiente. Portanto, cabe aos Governos Estaduais, com apoio do Ministério do Meio Ambiente, realizar palestras nas praças públicas das cidades, por meio de profissionais capacitados para proferir sobre as consequências de ações gananciosos com a natureza, a fim de que assim a maioria da sociedade deixe a alienação e passe a compreender melhor a situação. Ademais, cabe à mídia, com seu alto poder de persuasão, espalhar a urgência de se preservar o planeta para a sobrevivência da humanidade. De modo que assim a Terra nunca se aproxime do futuro previsto no filme “Wall-E”.