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Enviada em: 25/08/2019

O mercado do consumo é importante por conta da satisfação das necessidades da população e a crescente onda tecnológica também está presente nesse ambiente, mas é um cenário propício para o setor privado potencializar o consumo e ditar um novo comportamento que prejudica o ser humano e a biodiversidade.  De acordo com essa realidade, o consumo desenfreado está relacionado com a visão utópica do mundo perfeito e feliz com uma percepção externa das relações sociais. A série Black Mirror retrata de forma sarcástica os efeitos da tecnologia na vida humana. Há um episódio que critica a personalidade construída da população em torno de um aplicativo de avaliação que quanto mais positiva fica, mais prestígio social e econômico se tem. Esse último estimula a superficialidade no relacionamento interpessoal e permite entrar mais fundo no ciclo vicioso do consumismo. Nesse contexto, é perceptivo o desespero das pessoas de publicarem nas redes sociais o que estão vestindo, onde estão hospedados, com quem estão saindo ou o que estão comendo, vendendo uma possível felicidade diferente da realidade, como na série.  Ademais, no século XXI, a relação consumidor-empresa ganha uma atenção especial por parte de gestores pelo amplo lucro que é dado, porque eles não vendem apenas um produto ou serviço, vendem comportamentos. Num cenário de consumo irracional, organizações trazem o assunto da sustentabilidade ambiental como importante para o planeta e é uma ótima iniciativa se não fosse só uma estratégia para manter uma boa imagem de suas marcas: a sustentabilidade como marketing. Segundo o princípio da dualidade chinesa, o yin e yang, duas forças opostas e não nulas são necessárias para haver movimento e equilíbrio e, paralelamente, o ser humano e a natureza são uma representação dessa teoria. Apesar disso, o público-alvo não tem o senso crítico necessário para perceber o truque, suas consequências para o meio ambiente e, mesmo sabendo, deixar de consumir. Em suma, o Governo Estadual e o Centro Paula Souza devem unir forças para produzir um novo comportamento socioambiental, cujo objetivo é promover um novo comportamento do setor privado. Com isso, essa iniciativa deve ser feita com a implementação de palestras para alunos de curso de administração e negócios das ETEC’s com o conteúdo voltado ao consumismo no Brasil e seu prejuízo para o meio ambiental, ministradas por psicólogos, biólogos e empreendedores conscientes com o tema para propiciar uma reflexão sobre a necessidade da sustentabilidade para o ser humano. Sendo assim, aos poucos, se espera a mudança de mentalidade, com a consciência do princípio da dualidade, dos futuros gestores, da população brasileira e, principalmente, um maior respeito com a biodiversidade.