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Enviada em: 11/08/2019

O mercado do consumo é importante por conta da satisfação das necessidades da população e a crescente onda tecnológica também está presente nesse ambiente, mas é um cenário propício para o setor privado potencializar o consumo e ditar um novo comportamento que prejudica o ser humano e a biodiversidade. O consumo desenfreado está relacionado com a visão utópica do mundo perfeito e feliz com uma percepção externa das relações sociais. A série Black Mirror retrata de forma sarcástica os efeitos da tecnologia na vida humana. Há um episódio que critica a personalidade construída da população em torno de um aplicativo de avaliação que quanto mais positiva fica, mais prestígio social e econômico se tem. Esse último estimula a superficialidade no relacionamento interpessoal e permite entrar mais fundo no ciclo vicioso do consumismo. No século XXI, a relação consumidor-empresa ganha uma atenção especial por parte de gestores pelo amplo lucro que é dado, porque eles não vendem apenas um produto ou serviço, vendem comportamentos. Num cenário de consumo irracional, organizações trazem o assunto da sustentabilidade ambiental como importante para o planeta. Seria uma ótima iniciativa senão fosse só uma estratégia para manter uma boa imagem de suas marcas: a sustentabilidade como marketing. O público-alvo não tem o senso crítico necessário para receber o truque, suas consequências para o meio ambiente e, mesmo sabendo, deixar de consumir. A atitude irresponsável do ramo empresarial traz graves consequências para o meio ambiente, visto que, no meio acadêmico, tem se notado a extinção de matérias com a temática da sustentabilidade em cursos de administração e similares, como na ETEC, Escola Técnica Estadual de São Paulo. O Governo Estadual e o Centro Paula Souza devem unir forças para produzir um novo comportamento socioambiental na sociedade. Essa iniciativa deve ser feita com a implementação de palestras com o conteúdo voltado ao consumismo no Brasil e sua consequência para o meio ambiental, ministradas por psicólogos, biólogos e empreendedores conscientes com o tema. Sendo assim, aos poucos, se espera a mudança de mentalidade dos futuros gestores, da população brasileira e, principalmente, um maior respeito com a biodiversidade.