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Enviada em: 16/08/2019

O advento da revolução industrial do século XVIII reconfigurou o modelo das sociedades mundiais. Com o êxodo rural e fortalecimento do capitalismo, houve ampliação do mercado consumidor, expansão da exploração dos recursos naturais e consequentemente acumulo de lixo, desregulando os ciclos biológicos do planeta e comprometendo a qualidade de vida da população. Nesse sentido, é necessário analisar a relevância em se atentar para o consumismo como causador de impactos ambientais e sociais, a fim de promover medias eficazes para atenuar a produção de lixo e melhorar o bem estar social.    Primordialmente, cabe considerar que o consumo desenfreado pode ser a marca de uma sociedade motivada pelo status que consome mais do que necessita. Isso se dá na medida que o indivíduo busca adquirir novos produtos não só para melhorar a qualidade de vida, mas também, para se encaixar nos padrões impostos e ter prestígio social. Somado a isso, a obsolescência programada - produção de mercadorias previamente elaboradas para serem rapidamente descartadas- contribui não só para maximizar a compulsão pelo consumo, como também, para expandir a geração de refugo, que de acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos (Abrelpe) atingiu 79,9 milhões de toneladas em 2015,  1,7% a mais que no ano anterior.    Todos têm direito ao ambiente ecologicamente equilibrado. O artigo 225 da carta magna de 1988 apesar de garantir os direitos de um ambiente saudável a população, não é efetivado com ênfase na prática, tendo em vista, que o obtenção exagerada de bens e serviços leva a exploração dos recursos naturais e interfere nos ciclos biológicos do planeta. Enchentes, mal distribuição de chuvas, poluição aquática e terrestre são algumas consequências da produção de resíduos. Além disso, o acúmulo de entulhos também pode maximizar a proliferação de doenças, conforme afirma o  chefe da Divisão de Vigilância sobre o Meio Ambiente, Celso Rubio, ao destacar que além de causar acidentes o lixo pode servir de abrigo e alimento para vetores que causam doenças.    Portanto, é mister que o estado tome providências para superar o quadro atual. Para conscientização da população a respeito do problema, urge, que o Ministério da Educação, em parceria com o do Meio Ambiente, promover por meio de verbas governamentais, palestras e propagandas educacionais com o intuito de incentivar o consumo responsável, enfatizando os problemas sociais e ambientais que o consumismo causa ao meio. É importante ainda, a promoção pelo Governo Federal de incentivo políticas de reciclagem, reutilização e aproveitamento dos produtos não mais utilizados. Somente assim será possível atenuar a produção de lixo, reeducar a população e promover o bem estar social.