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Enviada em: 26/08/2019

No século XVIII ocorreu, na Inglaterra, a revolução industrial que teve como principal acontecimento a produção em massa e, por conseguinte, a consolidação da sociedade do consumo. Contudo, a principal consequência desse estilo de vida consumista é o aumento - exponencial - da produção, sobretudo no Brasil, de lixo e o seu manejo incorreto. Nesse contexto, deve-se analisar como a problemática em questão causa prejuízos sociais e econômicos.   É relevante abordar, primeiramente, que o manejo incorreto dos dejetos acarreta impasses sociais, como a propagação de doenças. Isso ocorre porque os resíduos são destinados, na maioria dos municípios brasileiros, a lixões a céu aberto em que a população, muitas vezes, entra em contato além da presença de animais vetores dessas mazelas. Nesse contexto, enfermidades, como a cólera e a cisticercose, afetam a população brasileira e são agravadas pelo aumento do volume de lixo produzido por essa, decorrente do seu hábito consumista.   Além disso, a sociedade do consumo desperdiça o potencial econômico do lixo visto que esse pode ser utilizado para produzir energia - biogás- e gerar empregos, como por exemplo nas fábricas de reciclagem. Esse prejuízo financeiro é demonstrado ao saber que, segundo o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), o Brasil é o quarto maior produtor de lixo plástico do mundo e apenas 1% desse é reciclado. Com isso, diversas famílias deixam de ser beneficiadas com essa inércia estatal.   Sendo assim, medidas são necessárias para amenizar a cultura consumista da sociedade brasileira e, por consequência, reduzir o volume de dejetos. Portanto, o Ministério do Meio Ambiente deve impelir os municípios a acabarem com os lixões a céu aberto, por meio do cumprimento da PNRS - Política Nacional de Resíduos Sólidos - a fim de reduzir a quantidade de enfermidades decorrentes desses. Ademais, cabe aos municípios realizar, constantemente, projetos nas escolas com o auxílio de profissionais da área que incentivem o atenuamento dos hábitos de aquisição e, além disso, criar meios de aproveitar esse potencial econômico que vêm sendo desperdiçado através de incetivos fiscais a empresas de reciclagem, sobretudo de plásticos.  Somente assim, o Brasil conseguirá vencer a problemática do lixo e tornar-se a sociedade do consumo consciente.