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Enviada em: 16/08/2019

De acordo com o artigo 225, da constituição Federal de 1988, é objetivo fundamental do poder público garantir a todos o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Entretanto, tendo em vista a grande produção de lixo diária no país, percebe-se que tal objetivo não é alcançado. Diante disso, deve-se analisar como o individualismo e o sistema capitalista vigente provocam a problemática em questão.            O exacerbado individualismo é responsável por grande parte do lixo produzido. Isso ocorre porque, na pós-modernidade, as pessoas, conforme defende o sociólogo Zygmunt Bauman, estão cada vez mais visando a si próprias e não se preocupam com os impactos que suas ações podem provocar na sociedade, no meio ambiente e nas próximas gerações. Por consequência disso, o meio ambiente sofre agressões causadas pela alta quantidade de lixo, descartada de forma errônea, que provoca à contaminação do solo, de rios e também a proliferação de animais transmissores de doenças.           Além disso, nota-se, ainda, que o capitalismo influencia no consumo exagerado. Isso acontece porque, segundo Adorno e Horkheimer, esse sistema, através da indústria cultural, estimula o consumismo na sociedade, provocando a cultura do desperdício. Conjuntamente, a baixa durabilidade dos produtos coerge à compra contínua, o que acarreta exacerbada produção de lixo.           Torna-se evidente, portanto, que o problema do lixo precisa ser minimizado. Em razão disso, o Ministério da Educação, em parceria com as escolas, deve incluir a disciplina de ética e cidadania na grade escolar dos alunos. Essas aulas, com o intuito de desconstruir o individualismo, já enraizado na sociedade pós-moderna, deverão disseminar o hábito da empatia e alteridade. Ademas, o Ministério Ambiental deve disseminar, nos meios de comunicação, através de propagandas que, além de incentivar o indivíduo a conservar o meio ambiente, informem à população dicas de como consumir de forma equilibrada.