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Enviada em: 16/08/2019

Desde meados dos anos de 1950, quando o chamado "America Way of life" foi consolidado pela abertura do mercado brasileiro aos produtos internacionais, principalmente os estadunidenses, uma nova configuração de consumo se deu no Brasil. O mercado, agora repleto de produtos considerados não necessários, se adentrou em nossos valores culturais.     O Brasil, um país de passado colonial, considerado exportador de matérias primas na divisão internacional do trabalho, sofre, além de uma dependência econômica e tecnológica dos países considerados centrais, como também uma forte influencia das chamadas industrias culturais para o consumo em sua sociedade. Consumo este que se reflete nas mais profundas relações sociais, como, a exemplo, a ambientalista norte americana Annie Leonard chama de racismo ambiental em sua obra "A história das coisas".       Ao relacionar a localização de grandes lixões e a população que vivem ao entorno dessas áreas, Annie utiliza o termo para associar a falta de autonomia, e as populações étnicas que vivem ao lado de grandes depósitos de lixo, muitas vezes não tratados pela gestão governamental e jogados ás margens das cidade junto as populações de baixa renda. A cidade e  seus habitantes, em muitos casos não sentem os efeitos de um consumo exacerbado, a medida em que este é locomovido para longe dos olhos daqueles que possuem poder aquisitivo e por este, se privilegiam do direito a cidade e saneamento básico.        Deste modo, tem-se um problema. A produção de lixo e seu descarte passam por diferentes níveis de classes sociais, as quais, excluídas da cidade se veem também excluídas de servições públicos básicos como tratamento de lixo e dignidade habitacional. Campanhas escolares, midiáticas e propagandísticas devem informar em escala nacional a situação do lixo e seu descarte, de modo que movimente politicas publicas que visem tanto o consumo consciente como a obrigatoriedade de reciclagem e tratamento do lixo produzido no Brasil.