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Enviada em: 21/08/2019

Desde os processos denominados "revoluções industriais" e a ascensão do capitalismo, o mundo vem demasiadamente priorizando produtos e mercados em detrimento de valores humanos e ambientais. Nesse cenário, observa-se um consumo desenfreado de utensílios industrializados que são incabíveis ao descarte inferido nos lixões. Com isso, urge refutar os impasses dessa problemática, como o consumo inconsciente em simetria com a escassa estrutura de coleta sustentável, para promover um equilíbrio entre a ação antrópica e o meio natural brasileiro.    Em primeira instância, destaca-se a aquisição irreflexa de mercadorias como fonte aliada ao acúmulo de resíduos no ambiente. De acordo com a pesquisa realizada pelo Instituto Akatu, nota-se que 76% da população brasileira não praticam o consumo consciente. Exemplo disso, reflete nas compras de capinhas e enfeites para celulares que logo são descartados nas lixeiras para continuar no ciclo automático de compra e descarte. Logo, evidencia-se que o consumismo fomenta a produção de lixo em território nacional.    Paralelamente  a isso, sobressai a diminuta coleta seletiva como motor degradante do meio ambiente. Segundo análise do Instituto Brasileiro de Opinião e Estatística, 85% dos brasileiros estariam dispostos a separar o lixo em suas casas se houvesse a estrutura de seleção disponível em seus bairros, como as lixeiras coloridas. Entretanto, o que ocorre é a presença desse sistema em apenas 18% das cidades do país. Esse quadro acarreta  uma mistura de resíduos que, em parte, poderia ser reciclada para desafogar toneladas de compostos descartados em lixões diariamente. Portanto, faz-se necessário políticas públicas para reverter o panorama apresentado.   Destarte, entende-se que o consumo exacerbado contribui para a degradação do meio ambiente por um comportamento social impulsivo somado a ausência de aparato de coletamento seletivo de lixo. Assim, emerge-se imperativo que a mídia televisiva desperte a reflexão do consumo consciente, através de programas com debates, como o " Encontro com Fátima Bernardes", a fim de diminuir a aquisição de produtos sem necessidade. Ademais, competem às prefeituras municipais a oferta da estrutura seletiva do lixo, por meio da implantação das lixeiras seletivas nos bairros, com o intuito de promover a reciclagem de produtos renováveis e a diminuição do lixo descartado. Assim, o consumo e o efeito no meio natural serão, gradativamente, equilibrados na sociedade brasileira.