Enviada em: 16/08/2018

O prazer do conhecer  A literatura, apesar de muitas vezes desconsiderada, é a forma mais viável e profunda de conhecer nossos antecessores e a sociedade nas quais viveram. Por séculos o acesso à leitura foi elitizado e estratificado. Em meados do século XVI, vigorou-se em vários países da Europa, a Índex, uma série de livros proibidos pela Igreja na intenção de dificultar o acesso ao conhecimento.  É um erro dizer que a geração atual deixou de lado o hábito da leitura, na verdade, lê-se cada vez mais, tendo em vista a grande inserção aos meios de comunicação contemporâneos, por meio de mensagens de texto e “posts” online. O grande infortúnio é o fato de que as leituras feitas a partir destes meios de comunicação, tem apresentado um caráter cada vez mais banal, beirando a mediocridade.  O uso contínuo da linguagem informal, tem tornado demasiadamente precária a compreensão de linguagens mais complexas e tradicionais pela atual sociedade. A língua é algo que modifica-se constantemente, mas esse fato não deve ser utilizado como justificativa para a pacificidade perante o conhecimento, afinal, conhecer é a forma de poder mais absoluta que pode-se ter.  Esta contrariedade só poderá ser superada à partir de uma inserção mais profunda da leitura na educação básica. Para isso, o Ministério da Educação deve capacitar os professores da rede pública, para que estes consigam incentivar a leitura de forma eficaz; nunca com rigidez, mas de forma que esta, seja articulada desde a infância como uma atividade prazerosa.