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Enviada em: 30/08/2018

As primeiras formas de escrita rudimentar da história humana datam de cerca de 4000 a.C., período que marca o fim da Pré-História e início da Antiguidade. Essa descoberta possibilitou o início dos registros escritos, o que revolucionou a forma como o mundo funcionava, pois o desenvolvimento passou a ser progressivo, já que a partir de então uma sociedade podia se beneficiar dos conhecimentos adquiridos pela anterior. Esse advento, de imensa magnitude, revela a importância da escrita e consequentemente da leitura para a vida humana, prática que deve ser constantemente estimulada.     No Brasil, segundo dados do Ibope/2016, cerca de 50% da sociedade é considerada leitora, sendo que para essa parcela da população a média de livros lidos anualmente é em torno de cinco. Esse dado tão alarmante tem relação direta com o fato de o país não ser considerado desenvolvido, pois o progresso de uma nação está intimamente ligado com sua educação de seus habitantes, o que, por sua vez, tem relação intrínseca com a leitura.      Além da ampliação da gama de conhecimentos, o hábito da leitura proporciona contato com outras épocas e lugares, pois, desde Homero até J. K. Rowling, os autores deixaram registrado em suas obras os costumes da sociedade em que viveram, e isso possui valor incomensurável para a história da humanidade. No entanto, apesar dos indubitáveis benefícios propiciados pelos livros, esse não é um hábito completamente acessível a todos, principalmente devido à falta de bibliotecas públicas em algumas escolas e comunidades carentes e ao fato de que quase não há incentivo para que as crianças desenvolvam o hábito de ler desde a infância.     Diante desse panorama, constata-se que é preciso tomar providências no que concerne ao problema destacado, com o fito de atenuar suas consequências. Inicialmente, o Ministério da Educação, com o apoio de pais e professores, deve criar projetos como a distribuição de livros infanto-juvenis e a leitura em grupo na sala de aula, em todas as escolas do país, objetivando estimular as crianças e adolescentes a ler cada vez mais. Ademais, as organizações do terceiro setor, em parceria com a comunidade local, podem criar bibliotecas públicas em lugares onde essas ainda não existem, de modo que todos tenham acesso a esses objetos tão valorosos que são os livros.