Enviada em: 20/06/2017

Em Ruanda, na África, os hutus protagonizaram um enorme genocídio étnico contra os tutsis. De modo que, visando combater o legado negativo desse massacre, foi necessária a atuação da MSF (Médicos Sem Fronteiras) por cerca de 10 anos. Nesse sentido, o papel das ONGs é fundamental para preencher as lacunas deixadas pelo governo, porém, em longo prazo, há poucos efeitos se não houver uma ação conjunta.  É elementar que se leve em consideração o efeito paliativo dessas organizações. O Estado, inserido em um modo de produção capitalista, possibilita a ocorrência de problemas sociais graves. Por isso, grupos de pessoas, via de regra, bem-intencionadas se reúnem em busca de reverter essa problemática. Entretanto, o que se verifica – geralmente - é uma atenuação momentânea do problema com respectiva inércia dos Governos. Dessa forma, embora o trabalho das ONGs seja – em primeira instância - de suma importância, esse não pode tirar o peso dos verdadeiros culpados.  Em detrimento dessa questão, podemos destacar o papel dos sistemas políticos. A Democracia contemporânea possui quatro pilares essenciais: liberdade, igualdade, justiça e equidade. Esse último, por exemplo, diz respeito a, como disse Aristóteles, “tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida de sua desigualdade”, tal princípio, visa garantir que a sociedade tenha igual capacidade de evolução social e, consequente, melhores condições de vida. Diante disso, é imprescindível direcionar as políticas de Estado para aqueles pilares que legitimam um país como democrático.  Torna-se evidente, portanto, que o papel social das ONGs é excepcional, contudo deve haver uma evolução do sistema político a fim de garantir melhorias duradouras. Para reverter essa problemática, é preciso que a ONU (Organização das Nações Unidas) realize fóruns internacionais com líderes de Estado, abordando maneiras de garantir as bases democráticas em suas respectivas nações, com o intuito de diminuir a necessidade de órgãos especiais para tal fim.