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Enviada em: 03/07/2019

O sociólogo australiano R.W.Connel disserta que o patriarcado e a masculinidade hegemônica( que é a forma dominante de masculinidade) valorizam e empoderam os homens sobre as mulheres. De fato, a cultura machista enraizada na sociedade brasílica desde os seus primórdios, desempenha uma ação limitadora do papel das mulheres, tal como sua visão empreendedora. Contudo, na conjuntura brasileira, as mulheres estão conquistando o seu espaço no mercado de trabalho, porém, ainda existem obstáculos para tal conquista, como a liquidez social e o machismo.    No que tange à liquidez social, o sociólogo Zygmun Bauman afirmou que vivemos em tempos de modernidade líquida, no qual as relações são frívolas. Sob esse viés, é notória tal frivilosidade na desmoralização que atingi as mulheres em nossa sociedade, haja vista o feminicídio, os casos de assédio moral e sexual, a diferença salarial etc, que tem como efeito a dificuldade do grupo feminino em empreender no país. Sendo assim, apesar de serem o grupo majoritário na população brasileira, são desprezadas tanto no quesito social como trabalhista.    Ademais, a enraização do pensamento machista no corpo civil canarinho, corrobora o impasse. Nesse contexto, no período colonial o papel da mulher imposto pela sociedade era o de dona do lar e mãe, e apesar do decorrer do tempo, mesmo que tenham conseguido direitos políticos e trabalhistas, tal forma de pensamento ainda se faz presente não só entre homens, como também entre mulheres, e por conseguinte, subjugam o desempenho feminino como empreendedora ao fracasso. Dessa forma, a difamação direcionada àquelas que entram no ramo dos negócios para comandar e o governo que demonstra-se alienado a causa, impõe barreiras para o empreendedorismo executado pela mulher.    Em retrospectiva ao exposto, urge a necessidade de união entre Estado e Esacola para solunior o imbróglio. O Estado, em aliança com os três poderes - Executivo, Legislativo e Judiciário - deve por em práticas as leis de proteção a mulher no mercado de trabalho e também respeitar seus direitos trabalhistas, delineando facilitar a missão empreendedora habilitada por elas; além disso, deve efetuar vistorias - por meio de grupos de profissionais disponibilizados pelo Ministério do Trabalho e os Estados - com o intuito de atentar-se aos problemas enfrentados pelas mulheres no ambiente de trabalho, e por fim, resolvê-los; e a escola, formadora de caráter, deve educar o seu corpo estudantil por meio de debates e palestras, sobre os riscos da cultura machista na sociedade e sobre o respeito, delineando, futuramente, interromper esse ciclo patriarcal e misógino presente na sociedade brasílica. Assim, será possível possibilitar às mulheres seu encargo de empreendedoras em obstáculos e contrapor a visão do Connel, de modo gradativo no futuro, que se faz presente atualmente.