Materiais:
Enviada em: 03/07/2019

Durante a Primeira Guerra, as mulheres assumiram a função de trabalhar nas indústrias e nas fazendas, função realizada, até então, apenas por homens. Atualmente, a participação delas no mercado de trabalho, especialmente no setor empreendedor, é de fundamental importância, tanto para consolidar o papel dessa classe nos negócios quanto para minimizar a desigualdade de gênero.   Em primeiro lugar, destaca-se o trabalho autônomo como meio de sedimentar a participação feminina no mundo laboral. De acordo com pesquisas da revista Época, apenas 18% das empresas no Brasil possuem mulheres como presidentes, sendo o percentual ainda menor quando analisado em escala global. Um exemplo de empresa que atua no sentido de superar esse desafio é a estatal brasileira Petrobrás, que assinou até mesmo um termo comprometendo-se com a causa de aumentar o número de mulheres em funções gerenciais. Todavia, poucas instituições possuem essa preocupação. Nesse sentido, o empreendedorismo feminino permite que mulheres, mesmo diante de estatísticas tão calamitosas, desenvolvam suas próprias ideias e, sobretudo, ocupem cargos de chefia. Assim, é preciso não só estimular o protagonismo das trabalhadoras no ramo autônomo, como também desenvolver estratégias para aumentar o índice supracitado.   Ademais, o ato de desenvolver e criar um negócio serve para minimizar a desigualdade de gênero no país. Segundo o sociólogo Émile Durkheim, um fenômeno social é geral, coercitivo e exterior. Então, percebe-se que a mentalidade machista, que visa à restrição da mulher ao ambiente doméstico, encaixa-se no conceito durkheimiano, uma vez que esse fato atinge várias pessoas e impulsiona a coerção. Dessa forma, o empreendedorismo é uma via muito eficaz no combate a essa mazela, pois favorece a independência e o desenvolvimento pessoal e profissional, consequentemente fomentando a igualdade entre os dois sexos.  Por fim, é ideal que estratégias sejam postas em prática para ressaltar a notoriedade do empreendedorismo feminino. Primeiramente, o SEBRAE- Serviço de Apoio ao Micro e Pequeno Empreendedor- deve, por meio de cursos capacitadores gratuitos, possibilitar que mais mulheres trabalhem com seus próprios negócios, com o objetivo de expandir gradativamente as oportunidades para esse público. Além disso, o Governo Federal pode criar programas de estímulo à contratação de pessoas do sexo feminino para cargos de liderança, com o fito de equilibrar a participação entre todos os funcionários. Logo, elas não mais trabalharão como subordinadas em indústrias e campos, mas, ao invés disso, poderão adquirir verdadeira independência e gerir seus próprios negócios.