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Enviada em: 04/07/2019

A filosofia idealista de Friedrich Hegel aponta que a sociedade caminha em direção ao progresso. Contudo, no século XXI, de que maneira poderíamos acelerá-lo? Empreendedorismo feminino. Ora, uma vez que, além de romper com preconceitos arcaicos, a inclusão de mulheres em um espaço dominado por homens garante uma estrutura progressista de estrutura social. Entretanto, imbróglios como o machismo enraizado e a falta de estímulos às mulheres, caracterizam a atual conjuntura.              Em primeira análise, faz-se necessário expor o machismo enraizado no cenário brasileiro. Para o filósofo Edmund Burke, a sociedade tem fortes raízes com o passado. À luz desse pensamento, é possível inferir que devido à exclusão da presença feminina em âmbitos políticos e econômicos ao longo do processo histórico, tal conjuntura é transmitida para o hodierno. Assim, graças aos entraves moldados socialmente, a presença de mulheres em setores de poder -como no empreendedorismo- é escassa e masculinamente dominada.        Ademais, cabe destacar a falta de estímulos as mulheres. Segundo a filósofa Simone de Beauvoir, nenhum destino biológico ou psíquico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade. Não obstante, o senso comum associa a realidade biológica a funções sociais. Logo, meninas são estimuladas, desde cedo, por familiares e indivíduos exteriores, a visarem carreiras tipicamente "femininas". Dessa forma, o empreendedorismo não é associado à "feminilidade" e, por isso, empreendedoras bem sucedidas são minoria no país.          Fica claro, portanto, que o empreendedorismo feminino é um sinônimo de sociedade progressista. Com o viés de acabar com preconceitos históricos, cabe ao Governo Federal, por meio do apoio de setores midiáticos, realizarem campanhas que estimulem essa prática por mulheres, com apresentação de dicas e métodos de investimento de montante. O investimento das campanhas, por sua vez, devem ser feitos por meio de subsídios recolhidos pela União. Outrossim, para estimular futuras mulheres empreendedoras, escolas devem, por meio de decretos do Ministério da Educação, fornecer palestras com tais profissionais, como forma de aumentar o interesse de meninas nesse setor econômico. Assim, o idealismo hegeliano deixará o âmbito filosófico e irá encontrar sua práxis na realidade brasileira.