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Enviada em: 08/07/2019

É possível, por intermédio da linguagem simples e coloquial do poema "Tinha uma pedra no meio do caminho" de Carlos Drummond de Andrade, fazer uma analogia a respeito da pouca importância atribuída ao empreendedorismo feminino. Nessa conjuntura, a problemática atua e repercute no cotidiano dos brasileiros como um verdadeiro obstáculo social a ser superado. Contudo, percalços como a falta de apoio governamental e a proeminente sociedade machista dificultam o sobrepujar dessa adversidade.            De início, é importante pontuar que as políticas públicas têm papel fundamental na superação desse obstáculo. Segundo Aristóteles, o Governo deve, acima de tudo, garantir o bem-estar da população. No entanto, é comum observar que no âmbito do empreendedorismo, historicamente marcado por figuras masculinas, as mulheres enfrentam grandes dificuldades em relação ao gerenciamento do próprio negócio. Obviamente, esse fato não é atribuído à falta de competência feminina, mas a ausência de apoios assistencialistas governamentais e créditos bancários para auxiliar o desenvolvimento do negócio enquanto sua fase inicial. Dessa forma, a inoperância estamental no que se refere ao apoio ao desenvolvimento do empreendedorismo feminino fere os princípios aristotélicos, haja vista que essa atitude causa danos morais à sociedade, sobretudo, às mulheres.           Ademais, a sociedade patriarcal vigente contribuí para a acentuação da problemática. Mediante os casos, infelizmente, recorrentes de feminicídio é presumível constatar que a cultura brasileira foi pautada, historicamente, sob uma ideologia machista e excludente. Nesse contexto, um assunto que é paulatinamente debatido no mundo do empreendedorismo feminino é o termo conhecido como "machismo institucional", esse, por sua vez, consiste na mentalidade masculina de achar que o seu gênero possui mais direitos e valores que o gênero feminino dentro de uma empresa ou instituição. Diante disso, atitudes são necessárias para reverter esse cenário.            Conclui-se, diante do exposto, que a pouca importância atribuída ao empreendedorismo feminino ainda é um problema a ser resolvido. Sendo assim, com o objetivo de minimizar esse revés, urge que o Superministério da Economia, por meio da captação e excelente optimização dos recursos enviados pelo Estado, promova projetos assistencialistas com foco na concessão de créditos viáveis aos novos empreendimentos femininos. Ainda assim, parte da verba deverá ser conduzida à ministração de palestras explicativas, que englobem temas como o machismo institucional, em empresas públicas e privadas, para por fim a esse mau.