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Enviada em: 09/07/2019

No início do século XX, mulheres, que protestavam por melhores condições de trabalho, foram assassinadas em um incêndio criminoso, na fábrica que era palco das reivindicações. Assim, o dia 8 de março, data do ocorrida dessa tragédia, foi escolhido para celebrar O Dia Internacional da Mulher, um momento que serve como reflexão sobre as barreiras que ainda não foram vencidas pelas mulheres na sociedade contemporânea. À vista disso, é de suma importância a questão do empreendedorismo feminino na sociedade brasileira. Uma vez que, essa situação torna-se uma forma de enfrentamento à sociedade formatada pelo patriarcalismo, além de questionar a dialética entre a teoria e a prática do que já foi conquistado constitucionalmente.             A priori, a sociedade brasileira foi construída de acordo com os princípios do patriarcalismo. Tanto que, no período colonial, o estudo era destinado para os meninos, enquanto as meninas eram direcionadas aos afazeres domésticos, por exemplo. Dessa maneira, houve um contribuição, significativa, para a construção da figura masculina como líder, enquanto a figura feminina a uma posição de submissão, ao ser, desse modo, referendada ao lar. Nessa perspectiva, o empreendedorismo surge como uma forma de quebrar esse paradigma patriarcalista, ao acarretar por meio dessa situação a tônica da liderança exercida por uma mulher, que destoa da posição social construída historicamente.           Outrossim, a Constituição de 1988, por meio de artigos e dispositivos, evidencia que todos, independente do gênero, devem possuir a mesma forma de tratamento. No entanto, a conjunção atual ecoa o Enigma da Modernidade, do filósofo Henrique de Lima, que elucida que apesar de a sociedade ser tão avançada em suas razões teóricas, é tão indigente em suas razões éticas. À vista disso, o empreendedorismo feminino enfrenta dificuldades, como pode-se observar na ausência de um network eficiente, que se estabelece pelo preconceito, ainda, enfrentado por elas, por exemplo. Dessarte, reflete essa dialética, entre as garantias da Carta Magna e o que se expressa na prática.               Logo, é necessário que as ONGs- Organizações não Governamentais- realizarem palestras  direcionadas ao Poder Legislativo, sobre como patriarcalismo contribui negativamente no empreendedorismo feminino. Para tanto, é fundamental convidar historiadores que clarifiquem essa problemática, a fim de que leis sejam elaboradas para atenuar essa questão. Ademais, é imprescindível que feministas realizem passeatas para chamar a atenção do Poder Executivo, para isso é importante o apoio da mídia televisiva na divulgação, com intuito de que o que está garantido constitucionalmente seja efetivado. Dessa forma, consolidar-se-á o empreendedorismo feminino na sociedade brasileira.