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Enviada em: 14/09/2019

A partir da Segunda Guerra Mundial, as mulheres passam a se destacar no mercado de trabalho, o que gerou um engajamento de lutas por direitos e a ascensão do empreendedorismo por elas. Entretanto, a julgar pelo panorama atual, apesar de ter ocorrido um crescimento desse grupo social no campo empresarial, a qual é importante não só para contexto social, mas também econômico, ainda existem muitos avanços a serem feitos, já que a mulher precisa enfrentar diversas adversidades no mercado ocupacional trabalhista. Isso acontece devido ao preconceito e à ausência de políticas públicas.    Em primeiro lugar, cabe analisar que a mentalidade patriarcal da maioria das pessoas corrobora para a permanência de preconceitos contra o empreendedorismo feminino. Consoante ao filósofo Kant, o homem é aquilo que a educação faz dele, isso demonstra que a sociedade é fruto de seus valores perpetuados durante anos. Essa lógica kantiana não está tão distante do Brasil, uma vez que é um país consideravelmente patriarcalista em que durante séculos a mulher estava em posição de inferioridade e submissão em relação ao sexo masculino. Nesse sentido, atualmente, em ambientes de negócios, a imagem de sucesso, geralmente, está ligada a figura de força e autoridade do homem. Por razão disso, as mulheres se deparam com diversos obstáculos para conseguir empreender e ser levada a sério.    Além disso, a falta de políticas públicas eficiente com o propósito de diremir essa conjuntura facilita ainda mais para esse quadro. Apesar da Constituição Federal de 1988 estabelecer a equidade de direitos entre os gêneros, tal imbróglio não é colocado em prática na sua totalidade, o que desencoraja muitas mulheres a não se empreender. Essa realidade embora esteja bastante presente no cenário brasileiro, mesmo assim elas vêm se destacando no campo empresarial,pois, hoje, de acordo como o Sebrae, mais de 35% das empresas são de mulheres. Diante do exposto, torna-se necessárias medidas públicas que incentivem ainda mais o grupo feminino a não ter medo de investir nos negócios, já que é importante tanto para o empoderamento quanto para o crescimento econômico do país.  Portanto, cabe ao Ministério da Educação, juntamente com a Secretária de Comunicação, elaborar uma campanha de propaganda, nos canais de televisão aberta, no Brasil, que apresente por meio de peças publicitárias, cenas ilustrativas que mostrem as diversas maneiras de como a mulher pode abrir seu negócio e gerenciá-lo, além disso, essas peças podem demonstrar brasileiras que já se destacam no ramo empresarial para que outras possam se sentir mais seguras e confiantes, e, assim, aumentar cada vez mais a participação desse público no mercado de trabalho. Dessa forma, a liderança feminina será mais expressiva e de fato contribuirá para o rompimento de preconceitos sociais que ainda imperam na sociedade.