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Enviada em: 18/10/2019

A República, em sua raiz etimológica latina, significa Coisa do Povo/ pública, enfatizando o caráter coletivo dessa forma de governo. No entanto, o cerne da  República, isto é, a coletividade, mostra-se desgarrado no que concerne ao reconhecimento e amor  à sua pátria. Nesse viés, tanto a individualidade contemporânea, como o insuficiente  amparo Estatal são antagonistas.       Cabe salientar, a princípio, que a hodierna liquidez nas esferas sociais também corrobora na atuação política dos indivíduos. Nesse contexto, é notável que, assim como defende o filósofo Polonês Zygmunt Bauman, a presente modernidade de liquefez, de modo que o senso de bem comum também perdeu importância. Em consequência, a sociedade preocupa-se em buscar os seus próprios em detrimento aos interesses coletivos, o que reverbera em um estado de apatia ao desenvolvimento social e à pátria.       Além disso, nota-se o desvio dos ideais republicanos constituídos na Constituição Federal, os quais são imprescindíveis na construção de uma população patriota. Nessa lógica, a efetivação deficiente da cidadania dissertada pelo escritor Gilberto Dimenstein-em seu livro "O cidadão de Papel"- gera a problemática da desigualdade e seus ecos comunitários. Como resultado, o indivíduo desacredita e se desvincula dos sentimentos pátrios, porquanto não o reconhece como promotor de seus direitos, tampouco efetuador         Dessa forma, urge que o Poder Executivo, na forma dos Ministérios, atue no fomento aos sentimentos pátrios, a fim de fortificar a noção unitária de uma comunidade. Tal ação se efetivaria mediante concretização da cidadania, de modo a promover direitos como saúde, moradia e educação, além de estimular a responsabilidade, bem como união dos civis desde a educação básica. Destarte, o Brasil conseguirá resgatar a noção de República fidedignamente.