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Enviada em: 13/08/2019

Desde a Revolução Industrial, ocorrida no século XVIII, a tecnologia influencia no cotidiano dos seres humanos. Nesse sentido, o surgimento de novos meios de comunicação interferem nas relações sociais, sejam aproximando as pessoas ou tornando as interações cada vez mais voláteis. Diante dessa perspectiva, torna-se necessário o debate sobre o tema.    Convém analisar, primeiramente, como os meios de comunicação aproximam os indivíduos. Examinando-se as tecnologias atuais, verifica-se a tendência do surgimento de meios que facilitem o contato entre as pessoas, como por exemplo as redes sociais e aplicativos de encontros. Isso ocorre devido a necessidade de socialização do ser humano, em que tais tecnologias permitem o encurtamento da distâncias entre os indivíduos. Essa situação pode ser explicada pelo pensamento do filósofo grego Aristóteles, o qual defendia a ideia que o homem é um ser social por natureza.       Cabe destacar, também, que boa parte das conexões sociais baseadas nas tecnologias atuais são passageiras. Dada a supracitada facilidade de contato social que a tecnologia possibilita, seria sensato pensar que isso resultasse no aumento do vínculo duradouro entre as pessoas. Entretanto, essa não é a realidade e o que ocorre na prática é o surgimento de relações cada vez mais voláteis, em que as pessoas estão preocupadas somente com o contato imediato e não com questões sentimentais. Tal contexto pode ser compreendido pela teoria da "Modernidade Líquida", do sociólogo polonês Zygmunt Bauman, a qual argumenta que as ações e relações humanas se tornaram efêmeras.       Fica claro, portanto, a necessidade da tomada de medidas que possam resolver a situação. Nesse contexto, o Governo deve criar campanhas de conscientização sobre as interações sociais, dentro e fora das redes virtuais. Isso pode ser feito por meio de palestras, em parceria com universidades e escolas, de maneira que a comunidade possa debater sobre o tema, possibilitando a formação de relações mais saudáveis.