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Enviada em: 04/06/2018

A sociedade hodierna tem a mídia como elemento inerente ao seu cotidiano. Nesse contexto, os órgãos midiáticos valem-se do seu poder não só para informar, mas também para manipular o público. A manipulação, típica de uma mídia parcial, tem o potencial de gerar efeitos desastrosos em uma sociedade acostumada a buscar notícias em uma única fonte.             Mormente, é cabível analisar que a manipulação midiática provém da não imparcialidade generalizada nos órgãos de imprensa. Segundo o filósofo David Hume, a imparcialidade é um mito, visto que a mídia é constituída por pessoas, e pessoas são providas de interesses subjetivos, os quais repercutem em tudo o que produzem. Nesse ínterim, a manipulação surge como uma forma de satisfazer interesses e se manifesta por seleções vocabulares, diagramações e destaques dados a determinados assuntos. Tal situação, embora comum, pode gerar efeitos desastrosos na sociedade.            Dentre esses efeitos, merece destaque a consolidação de ideologias que podem estar carregadas de ódio e preconceito. Exemplo disso é a ideologia nazista, que vigorou na Alemanha sendo propagada pela mídia, a qual difundia o ódio aos judeus em detrimento da exibição das atrocidades a que eles estavam sujeitos. É válido considerar, no entanto, que tais ideologias só são absorvidas pelo público pelo fato de ele estar acostumado a buscar informações em apenas uma fonte, a qual fornece uma única visão da realidade. Assim, a busca por informações diferenciadas é importante para a formação de uma visão íntegra e consciente, livre da manipulação midiática.             Fica claro, portanto, que medidas são necessárias para dirimir os impasses supracitados, evitando a manipulação de uma mídia tipicamente parcial. Cabe às escolas o estímulo ao senso crítico dos alunos por meio de palestras e debates que apresentem os mecanismos utilizados pela mídia para manipular o público e incentivem a busca por notícias em fontes diversas. Assim, o sistema educacional poderá formar cidadãos autopensantes e conscientes.