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Enviada em: 29/10/2018

Durante o Estado Novo, de Getúlio Vargas, foi criado a rádio "A hora do Brasil", responsável por propagandear as boas ações do governo, mesmo que sendo falsas. De fato, a sociedade hodierna enfrenta problemas com essa questão, em que as mídias, mesmo rendo responsáveis pela desconstrução de valores enraizados, ainda manipula os telespectadores de acordo com seu viés ideológico. Frente a esses fatores, a problemática instala-se, ditando sequelas sociais a serem combatidas.       É válido ressaltar, antes de tudo, esse meio de comunicação como intrínseco aos movimentos sociais. Sob esse aspecto, ela teve um importante papel no movimento abolicionista e republicano, no qual os escritores da terceira geração modernista, chamados de condoreiros, usavam a poesia para engajar-se politicamente e denunciar os abusos governamentais da época. Contudo, é incontrovertível que no mundo contemporâneo a forma de ativismo na mídia, como em redes sociais, gera o comodismo político, em que a Licença Moral culmina a minimização de ações significativas na vida real, já que os internautas imaginam que o compartilhamento ou posicionamento ideológico na internet é o suficiente para mudar o país.        É necessário salientar, ainda, que a mídia manipula as informações de acordo com seus interesses. Prova disso foram as propagandas de cigarro da década de 80, que divulgavam-o como benéfico e imprescindível para o convívio social do período ao mostrar mulheres ricas e bonitas consumindo o produto. Seguindo essa linha de raciocínio, esse cenário entra em consonância com a sociologia de Marx, em que a economia movimenta todo o mundo e, assim, a mídia impulsiona o capitalismo por meio do fetichismo de mercadoria, em que, não raro, propagam mentiras para vender seus produtos. Destarte, é evidente a urgência de medidas para mitigar essa exploração sob o consumidor.       Infere-se, portanto, que a mídia possui um abrangente poder de manipulação, que deve ser contornado. Sendo assim, urge a ação do CONAR (Conselho de Autorregulamentação Publicitária), que terá como papel o controle de propagandas abusivas, implementando punições para findá-ças, como multas e censura àquelas que divulguem falácias para persuadir os telespectadores, no intuito de minimizar a exploração capitalista sobre o consumidor. Ademais, cabe as escolas, em conjunto com ONGs ativistas, impulsionar um maior engajamento fora da internet, oferecendo palestras semanais sobre a importância dos movimentos sociais, apresentando exemplos de como isso mudou a história do país, a fim de tornar conscientizar os alunos sobre o assunto, para tornar a mídia brasileira menos hostil à população.