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Enviada em: 28/09/2018

Desde a década de 30, no Brasil, a mídia tem sido uma grande influenciadora no convívio social. No entanto, além de informar, conscientizar, essa ferramenta hodiernamente é utilizada de forma tendenciosa e manipuladora. Isso se evidencia não só pelo incentivo a maus hábitos, principalmente alimentares, como também na crescente propagação de notícias falsas.        Em primeira instância, é importante ressaltar a influência dos meios midiáticos na alimentação dos brasileiros. Prova disso são as inúmeras propagandas de lanches rápidos, práticos, porém com baixo valor nutricional. Contudo, a falta de nutrientes não é tratada com ênfase, sendo o objetivo maior suprir a necessidade de uma comida instantânea, saborosa e sem perca de tempo. Por conseguinte, esses hábitos têm sido prejudiciais para a saúde, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mais de 50% da sociedade brasileira sofre com a obesidade. Logo, é necessário reverter essa taxa alta e redesenhar uma nação saudável e não manipulada.       Convém lembrar ainda, que as fake news tem causado situações trágicas, e com um fim triste. Exemplo disso, foi o ocorrido na cidade de Guarujá, São Paulo, de acordo com o Jornal O Globo, uma mulher foi espancada até a morte logo após de ser divulgada uma falsa notícia de que a moça sequestrava criança para fazer magia negra. Dessa forma, percebe a falta de engajamento e senso crítico do tecido social, a fim de analisar se as publicações são verídicas. Segundo Aristóteles, o ignorante afirma, o sábio duvida e o sensato reflete. Percebe-se então, a falta de reflexão da comunidade e as afirmações e credibilidade às inverdades.        Fica claro, portanto, que medidas precisam ser tomadas com o objetivo de construir uma mídia ética. Cabe ao Poder Legislativo a criação de leis que proíbam as propagandas que não visam conscientizar as pessoas a terem práticas saudáveis, mesmo comendo lanches e processados, é essencial deixar claro a necessidade de praticar esportes e regular os hábitos alimentares, assim os cidadãos serão estimulados a repensar os seus gostos, ademais as empresas continuariam tendo seus lucros, mas também acrescentaria valores nutricionais nas refeições. Por fim, as escolas devem influenciar a leitura dos alunos, não com a finalidade de decorar dados para aplicação de provas, mas como algo descontraído e prazeroso, com o objetivo de desenvolver o senso crítico, e fazer com o que a geração futura não cometa os mesmos erros que a atual, além do mais por meio de palestras mostrar os malefícios causados pela divulgação de algo não avaliado.