Materiais:
Enviada em: 04/11/2018

No contexto histórico de 2 Guerra Mundial, Goebbels foi o responsável pela difusão da ideologia nazista por meio da manipulação de milhões de alemães. Analogamente, com o desenvolvimento do sistema capitalista, tem-se, hoje, o advento da internet guiando opiniões individuais, sendo elas de cunho político ou de consumo.   Segundo o IBGE, 64% das pessoas com 10 anos ou mais utilizam a internet, o que torna esse amplo universo um meio interessante a grandes empresas no que tange a divulgação de seus produtos. Nesse sentido, a lógica capitalista infiel à criticidade e autonomia de pensamento aproveita-se do amplo poder virtual para induzir os usuários ao consumo. Cria-se, então, um sistema de algoritmos os quais identificam interesses individuais por meio de uma data base e transmitem aquilo que lhes convém. Assim, parafraseando Karl Marx, a internet, em vez da religião, torna-se o ópio do povo.    Ademais, segundo o filósofo Aristóteles, a arte da política é a libertação, não a dominação. No entanto, na obra “1984”, de George Orwell, demonstra-se o poder exercido pelo Estado sobre o acesso a informações e memórias, objetivando controlar sua população. Nos moldes atuais, partidos políticos acessam dados retirados da internet que configuram um perfil geral de internauta. Dessa forma, constróem propagandas e transmitem informações direcionadas, buscando manipular a opinião política dos cidadãos.  Devido a tanto, medidas devem ser tomadas a fim de solucionar o impasse. Cabe ao Ministério da Educação inserir no currículo do Ensino Fundamental aulas práticas obrigatórias sobre a manipulação “online”, estimulando a dúvida e o senso crítico nos estudantes. Nelas, devem ser elucidado as principais táticas de controle comportamental, utilizando-se exemplos reais. Desse modo, a população cria, desde cedo, por meio da educação, visão crítica daquilo que lhe é exposto e, seguindo a lógica aristotélica, se liberta da dominação por terceiros.