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Enviada em: 11/11/2018

Com avento da internet na segunda metade do ´seculo XX, durante a Guerra Fria, iniciou-se uma nova dinâmica social. contudo, o anonimato garantido por esse meio de comunicação trouxe diversos problemas para a sociedade, entre os quais se destaca o algoritmo, ferramenta utilizada para coletar dados de usuários e converter em propagandas baseadas em um padrão de escolhas dos internautas, induzindo, nesse sentido, ao consumo. Essa problemática ocorre devido ao precário sistema educacional brasileiro, pautado na competitividade, como também ao posicionamento do Estado diante desse infortúnio.       A princípio, nota-se que a educação no Brasil é conteudista, mecanizada. Essa forma de ensino, segundo o educador Paulo Freire, estimula apenas a competitividade entre os estudantes. Dessa forma, o conceito de cidadania e participação social deixa desejar na formação educacional dos jovens brasileiros, os quais, ausentes de uma educação que estimule o pensamento crítico, acabam aderindo as informações impostas pelo algoritmo e, consequentemente, acabam tornando-se consumidores compulsivos, estimulando, assim, a degradação do meio ambiente.             Em segundo plano, o posicionamento do Estado também cumpre papel relevante no aumento da manipulação social por empresas por meio de ferramentas virtuais, pois, apesar de haver na Constituição Federal, de 1988, o direito à segurança não existe na literatura do Código Penal brasileiro uma lei taxativa que puna de forma adequada empresas que utilizam, sem autorização do indivíduo, informações pessoais para induzir suas escolhas. Essa  vacância deixada pelo governo estimula a criação de algoritmos para manipulação das escolhas individuais.              Fica evidente, portanto, a necessidade que indivíduos e instituições públicas cooperem para mitigar  manipulações virtuais. Para isso, o Ministério da Educação deverá, junto às escolas, desenvolver projetos educacionais  no ensino médio e infantil, como a semana do consumo, com estudo de casos e peças teatrais, para que haja a conscientização dos jovens sobre os perigos que a internet pode trazer ao usuário com a manipulação de suas escolhas, acabando, assim, a função dos algoritmos nas redes sociais.