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Enviada em: 23/11/2018

Consoante ao filósofo inglês Hobbes, os indivíduos trocam seu estado de natureza sem leis, através do contrato social, pela garantia do bem coletivo. Contudo, no mundo hodierno, o controle de dados- que tornam os usuários refens da manipulação- desfaz esse pacto civil, sendo uma patologia social que persiste, devido não só à raizes históricas, mas também pela mentalidade da teia social.         Cabe ressaltar, que as marcas históricas é um fator determinante para permanência do impasse. A manipulação através da mídia era comum nos governos ditatoriais, como o de Hitler e Getúlio Vargas. Hodiernamente, com o advento da globalização os meios de comunicação se tornaram terras ferteis para emprezas e instituições privadas. Tal fato reflete, desde a inserção de determinados gostos para alavancar o consumismo, até sérios desdobramentos sociais como garantir a eleição de candidatos à cargos públicos.        Ademais, a “modernidade líquida”- conceito do sociólogo Bauman- evidencia o individualismo que impulsiona o impasse. O enorme fluxo informacional reduz a reflexão dos indivíduos. Assim, não param para refletir sobre o que recebem virtualmente. Além disso, as autoridades não dão a devida importância para a questão dos limites de atuação de emprezas publicitárias. Nesse panorama de liquidez, a imposição de ideias ultrapassam as vontades dos indivíduos, gerando um prisma de obediência influenciada e, consequentemente, violando o direito de liberdade.         Infere-se portanto que o uso desregrado de dados pelos meios digitais é uma patologia social que precisa ser tratada. Destarte, é mister que o governo-cuja função é regrar e organizar a sociedade- financie projetos educacionais, junto as instituições de ensino, que visem enfatizar a importância do senso crítico diante dos espaços virtuais, através de divulgação midiática, debates e palestras com professores e toda comunidade. Somada a políticas que que objetivem coibir a ausência de limites publicitários, mediante a criação de orgãos que fiscalizem e inviabilizem a utilização exagerada dos dados dos usuários. Com o fito de tais medidas alterar a mentalidade civil acerca da mídia, atenuando gradualmente o impasse e, por conseguinte, restabelecendo o contrato social.     *OBS: É o tema do ENEM 2018. Sou novo na plataforma e deu algum problema: não consegui enviar, apesar de ter comprado o pacote com 96 correções, logo, coloquei em um tema parecido.