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Enviada em: 28/01/2019

Nas últimas décadas, a sociedade brasileira tem passado por mudanças estruturais e sociais em sua organização, a partir das quais se observa um meio mais desenvolvido, influenciado pela revolução técnico-científica. Entretanto, esse desenvolvimento é acompanhado de fenômenos sociais, a exemplo da manipulação das mídias, motivada pela pouca efetivação dos aparatos legais e pela influência política e econômica sobre a questão, originando efeitos nocivos para o internauta.                             Em primeira análise, é pertinente salientar que as ferramentas legislativas de proteção ao telespectador não são plenamente materializadas. De acordo com pesquisas do Núcleo de Informática da Universidade de São Paulo, a concretização dos instrumentos legislativos é negligenciada, o que acentua as dificuldades na proteção do controle das informações vinculadas na mídia, podendo ser ocasionalmente manipulada, influenciar ou distorcida por empresas, pessoas civis ou especialistas em publicidade e propaganda. Dessa forma, o aparente descaso com esse segmento é observado, inclusive na redução das campanhas midiáticas concernentes à questão, ou seja, as formas de garantir a segurança ideal dos telespectadores não são pautas dos debates e reivindicações, marcando a marginalização do tema e o menosprezo pelo problema.                                                                                            A segunda reflexão volta-se ao fato dos sistemas econômicos, sociais e políticos perpetuarem a manipulação do comportamento realizado pela mídia por conta do lucro. Segundo Karl Marx, a população é influenciada por conta do "fetichismo de mercadoria", fenômeno psicossocial que desperta no consumidor a ilusão de que um produto ou serviço a ser adquirido lhe trará felicidade. Nessa perspectiva, nota-se que o empresariado nacional e internacional, por intermédio dos algorítimos nas redes de comunicação, utilizam dessa ferramenta para influenciar os anseios do consumidor em questões de produtos, serviços, amizades, bens e lazer, ocasionando a falsa sensação de autonomia do indivíduo em nível pessoal.                                                                                                                               Portanto, é necessário que medidas salutares sejam tomadas para modificar o quadro de influência social das redes de comunicação vigente no país. Desse modo, é de atribuição do Governo Federal a elaboração de políticas públicas, por meio da criação e da ampliação de programas nacionais de fiscalização de empresas, sites e outros meios de comunicação que excedam os níveis de acesso aos dados do usuário da internet- vinculando a expansão das delegacias especializadas e facilitando o acesso à denúncias- com o objetivo de garantir a plena autonomia do telespectador e formando, assim, pessoas com ciência dos seus direitos e deveres, premissa elementar da cidadania.