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Enviada em: 11/07/2019

A série televisiva "Prison Break" apresenta em sua história uma fictícia empresa multinacional chamada de "A Companhia", que utiliza do controle das mídias para manipular a opinião pública contra "Lincoln Burrows", um dos protagonistas do seriado, que foi falsamente acusado do assassinato do presidente norte-americano. Fora das telas, o poder da mídia em influenciar diversas áreas da sociedade, como a política e o consumo, é uma realidade. Diante dessa perspectiva, torna-se necessário o debate sobre o tema.     Cabe analisar, primeiramente, o impacto da mídia contemporânea sobre a política. Dado a importância dos veículos de comunicação na difusão da informação no século XXI, seria sensato pensar que esses meios fossem totalmente imparciais. Entretanto, essa não é a realidade, prova disso é o recente caso de manipulação da eleição presidencial norte-americana, em 2016, influenciados pelo compartilhamento de notícias falsas por meio de mídias digitais. Tal situação pode ser explicada segundo o conceito de "Fato Social", do sociólogo, Émile Durkheim, devido ao potencial desses canais de comunicação em interferir no modo de agir e pensar da população.        Convém destacar, também, a influência da mídia sobre o consumismo. É presença constante nos comerciais de TV, a divulgação de propagandas que utilizam da função de linguagem conativa, com intuito de persuadir quem assistir. Exemplo disso são as redes de "fast food" que exibem imagens exageradamente apetitosas para apresentar seus novos sanduíches. Assim, pode-se perceber que o telespectador é influenciado, por esses meios de comunicação, a consumir tais produtos. Isso pode ser explicado pelo livro "Vida para o consumo" do filósofo Zygmunt Bauman, que aborda como a sociedade atual é constituída, essencialmente, por consumidores.       Fica claro, portanto, a necessidade da tomada de medidas que possam resolver essa situação. Nesse sentido, o Governo deve desenvolver campanhas de conscientização da sociedade. Isso pode ser feito por meio da elaboração de palestras, em parcerias com universidades e escolas, nas quais sejam abordados temas como a importância de se buscar outras fontes de conteúdo, formas de se verificar a veracidade das notícias, ou maneiras para evitar o consumismo que é incentivado por diversos veículos de comunicação. Espera-se que com essas medidas a população esteja melhor orientada sobre o potencial que as mídias possuem de influenciar suas vidas.