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Enviada em: 10/08/2017

Padrões invisíveis                    O controle das massas sempre foi um dos objetivos principais dos diversos estilos de governo durante a história humana. Segundo Nicolau Maquiavel, aquele que tem o povo do seu lado não teme perder seu poder. No século XXI, com a total globalização dos meios de comunicação em massa, o poder de manipulação através das mídias ultrapassa barreiras históricas, influenciando o indivíduo desde seus gostos materiais até suas ideologias políticas.                         Em "Admiravel Mundo Novo", do escritor Aldous Huxley, é retratada uma sociedade com suas ideias totalmente manipuladas através da repetição diária e exaustiva da mesma informação. Assim, surge uma comunidade totalmente condicionada a seguir a ordem sem levantar qualquer questionamento crítico acerca do mundo ao seu redor. Nos dias de hoje, no Brasil, cenário semelhante se constroi à medida que, com programas diários, a opinião do comentarista da televisão aberta se torna "fato" para o povo em geral, que passa a repetir a opinião sem qualquer tipo de análise, criando, assim, um senso comum pobre, sem levantamento crítico, ético ou moral.                         Além disso, o perigo da midia no século XXI torna-se ainda maior ao passo que grande parte da informação veinculada em diversos jornais pelo País provem de uma única fonte. Exemplo disso é a agência americana AP(Associeted Press), responsável por distribuir notícias internacionais para agências midiáticas filiadas ao redor do globo. Dessa forma, fica evidente o monopólio da informação que passa a valorizar a visão de apenas um lado da situação e a controlar tendências de forma generalizada.                          Portanto, é de fundamental importância uma mudança de postura por parte da população no que tange à seleção dos meios de informação, procurando variar os veículos de comunicação a fim de que se tenha diferentes pontos de vista, que fundamentam o desenvolvimento do pensamento crítico. Ademais, cabe a imprenssa brasileira buscar diversificar suas fontes de notícias estrangeiras, com o intuito de evitar uma tendência mundial de padronização da informação e, consequentemente, da cultura. Segundo Adorno, filósofo da escola de Frankfurt, a midia de hoje existe para nos dar a falsa impressão de liberdade.